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Em crise financeira, Gol abre programa de demissão voluntária

Meta, segundo a Folha apurou, é demitir até 240 funcionários

DE SÃO PAULO

A Gol abriu ontem um programa de demissão voluntária (PDV). A intenção, segundo a Folha apurou, é demitir até 240 pessoas, metade pilotos e a outra metade comissários. A companhia não confirma o número e diz não se tratar de um PDV.

A empresa tem hoje 1.800 pilotos e 3.600 comissários. As inscrições do plano de demissão vão até o dia 29.

O programa ocorre após o fracasso de uma proposta feita aos funcionários para que tirassem licença não remunerada de um ano. A meta era atrair 200 pessoas, mas a adesão, não revelada, ficou aquém disso.

Se o novo plano não vingar, a empresa acertou com o Sindicato Nacional dos Aeronautas seguir convenção coletiva. Ela prevê demitir, pela ordem, quem estiver em admissão ou em estágio inicial e, depois, aposentados, começando pelos mais antigos.

A alta de combustível e uma demanda menor do que a esperada a partir do segundo semestre levaram a companhia a registrar prejuízos milionários em 2011.

Até setembro, o resultado acumulado era de mais de R$ 750 milhões negativos. Os dados do quatro trimestre serão divulgados no início da próxima semana.

A Gol diz que a medida é necessária para manter "um quadro de colaboradores condizente com as necessidades operacionais em um período de baixa demanda".

O sindicato teme que a Gol use as demissões para rebaixar salários: aproveitando os demitidos na Webjet, que paga em média 20% menos. A Gol nega.

(MARIANA BARBOSA E RICARDO GALLO)

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