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O CDB é melhor do que a poupança? Há tributação sobre os rendimentos?

A.G., de Marília (SP)

RESPOSTA DO PROFESSOR DE FINANÇAS DA FGV WILLIAN EID JUNIOR - Sim, o CDB é considerado um investimento de renda fixa para fins de tributação.

A tributação pelo Imposto de Renda vai depender do tempo que você deixar o dinheiro aplicado.

Até seis meses você vai pagar 22,5% do rendimento; de seis meses a um ano, 20%; de um a dois anos 17,5%; e mais de dois anos, 15%.

Já dá para ver que o ideal é fazer a aplicação por um período longo. Aliás, os bancos têm o que é chamado de CDB longo prazo justamente para isso.

Para saber se o rendimento do CDB é melhor do que o da poupança, vou fazer algumas suposições.

A primeira delas é que você vai investir num CDB pós-fixado, cuja remuneração é dada como um percentual do CDI.

A segunda é que você vai deixar o dinheiro aplicado por mais de dois anos e que pagará o Imposto de Renda pela alíquota de 15%.

A terceira é que a poupança renda aproximadamente 7% ao ano. Aí é só fazer contas.

Imaginando o CDI de 9,75% ao ano e que o banco pague 90% do CDI no seu CDB, você terá rendimento bruto anual igual a 8,77%. Tirando o Imposto de Renda de 15%, o rendimento líquido será igual a 7,46%, melhor do que a rentabilidade da poupança.

Não é difícil fazer a conta. Multiplique o valor estimado do CDI pelo percentual oferecido pelo banco como remuneração.

Aí multiplique o resultado por 0,85, que é o resultado líquido da aplicação depois do Imposto de Renda. Depois é só comparar com o resultado aproximado da poupança (cerca de 7%).

Se o CDI cair para 8,5%, por exemplo, o CDB só será melhor que a poupança se o banco lhe oferecer 97% do CDI ou mais.

É uma sopa de letras, mas se torna clara com um pouco de esforço.

Eu invisto em

Max Fivelinha, ex-VJ da MTV e apresentador do Universo da Moda (Mega TV)

" Sou super à moda antiga, eu aplico na poupança: rende pouco, mas eu durmo e acordo sem rugas"

BOLSA
Quais fatores influenciam direta e indiretamente a variação diária das ações?
M.C., de Goiânia (GO)

RESPOSTA - São duas as grandes causas. A primeira é chamada de risco de mercado e atinge todas as ações.

Duas das suas fontes são a política e a economia. É só pensar quando um ministro da Fazenda cai. Em geral, as ações cairão um pouco com ele.

Observamos o impacto da crise da Grécia na nossa Bolsa. É o risco do mercado.

A outra fonte é o chamado risco individual das empresas e está relacionada ao desempenho de cada grupo.

Assim, quando você diversifica aplicando em diferentes ações, reduz esse último risco, o individual. E pode até eliminá-lo.

Pesquisadores dizem que, com uma carteira com algo entre 15 e 17 ações, esse risco está praticamente eliminado. Mas não há como eliminar o outro, de mercado. E no Brasil ele responde por uns 50% da movimentação de uma ação típica.

AÇÕES
Tenho renda média de R$ 2.000 e queria investir em ações. Qual é o primeiro passo? É uma boa opção?
P.M. de São Paulo (SP)

RESPOSTA - Será uma boa opção se você pensar no longo prazo -10, 15 ou 20 anos- e se você se dispuser a aplicar uma parte da sua renda todos os meses.

Meu conselho é: invista num fundo de ações. Há diversas opções que permitem investimento inicial de R$ 100 ou R$ 200 e com taxa de administração de 2% ao ano, o que é apropriado para um fundo de ações.

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