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Meta das indústrias é eternizar o novo IPI

Paulo Pinto/Folhapress
Luminárias, produtos beneficiados pela medida do governo, em loja de São Paulo
Luminárias, produtos beneficiados pela medida do governo, em loja de São Paulo

AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

As indústrias beneficiadas com a redução ou isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) se lançam agora em outra batalha: manter o corte tributário para sempre. A indústria de transformação tenta convencer o governo a dar isenção a outros segmentos.

"A briga agora é manter a desoneração a partir de junho e fazer com que os fornecedores também sejam desonerados", diz José Luiz Fernandez, presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel).

O setor, que faturou R$ 30 bilhões em 2011, apresentou um levantamento com números que mostram os riscos que estavam correndo.

A indústria moveleira, distribuída em 16 polos regionais, teve o IPI reduzido de 5% para zero até 30 de junho.

O segmento de laminados plásticos, outro componente que entra na produção de móveis, também foi desonerado: de 15% para zero.

A cadeia moveleira está otimista sobre as vendas dos próximos 90 dias. A previsão é que subam entre 8% e 10%.

É esse resultado que a indústria de móveis pretende mostrar ao governo em junho, com o pedido de prorrogação do novo IPI.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, elogia a inclusão do setor de laminados plásticos na desoneração.

EXTENSÃO

A Abiplast cobra, entretanto, desoneração para todo o setor industrial.

"A indústria de transformação representa 14,6% do PIB e tem uma carga tributária de 37%. O governo, no fundo, não faz nenhum favor à indústria ao desonerá-la."

Na avaliação de representantes da indústria de luminárias, setor que reúne 670 empresas com faturamento de R$ 3,7 bilhões, a desoneração não passa de "respiro". "É um fôlego para aguentar um pouco mais", disse Carlos Fagundes, presidente da Associação Brasileira da Indústria da Iluminação (Abilux).

O setor cobra do governo a adoção de uma política industrial para o segmento. E também quer medidas que a ajudem a recuperar a produção de lâmpadas e de componentes que deixaram de ser produzidos no país por causa da importação.

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