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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Preço da soja sobe em Chicago, e área de plantio pode ser maior nos EUA

Tenso, o mercado aguarda os números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) sobre o plantio norte-americano para a safra 2012/13.

Os dados, que serão divulgados amanhã, devem indicar 69 milhões de hectares com milho e soja, a maior área nos últimos 30 anos.

A de milho ficará próxima de 38,5 milhões de hectares, a maior desde 1944 e acima dos 37,2 milhões do ano passado.

Já a de soja vai a 30,6 milhões, pouco acima dos 30,4 milhões de 2011/12, segundo avaliação de Fernando Muraro, da AgRural.

A tensão do mercado ocorre devido ao comportamento de alta dos preços da soja, o que pode fazer a área da oleaginosa crescer.

No último trimestre de 2011, o bushel de milho correspondia a 1,80 do valor do de soja. Neste mês, chegou a 2,5, ou seja, 39% mais.

Essa alta no preço da soja ocorre devido à queda de produção na América do Sul e à opção clara dos produtores dos EUA pelo milho.

Se ocorrer uma alta na área da oleaginosa, os fundos, que têm posições recordes de compra de soja e de farelo, podem derrubar os preços no mercado de Chicago devido à previsível oferta maior.

Muraro diz que milho e soja avançam sobre o espaço do algodão, que terá área reduzida para 5,3 milhões de hectares nesta safra 2012/13, 10% menos do que na anterior.

Nos últimos 30 dias, o primeiro contrato de soja teve alta de 5% no mercado futuro de Chicago. Já o do farelo registrou valorização de 9%.

No mesmo período, os preços do milho recuaram 5% na Bolsa, caindo para US$ 6,20 por bushel. Os preços atuais do milho estão 8% inferiores aos de março de 2011, enquanto os da soja subiram 1,4% e os do farelo, 7%.

Bahia Os produtores de soja do oeste da Bahia não repetiram, neste ano, a safra excepcional que tiveram em 2010/11, segundo Fernando Muraro, da AgRural.

Calor A mais recente estimativa de produção da agência para a região indica somente 48 sacas por hectare. Na safra anterior foram 55 sacas. A seca e o clima muito quente prejudicaram a formação das lavouras, segundo Muraro.

Mais queda Estimativas do mercado de que a Índia deverá elevar o potencial de exportação de açúcar mantiveram os preços do produto em queda em Nova York, ontem.

Recuo O primeiro contrato negociado na Bolsa teve queda de 0,2%, mas já acumula perda de 5,5% nos últimos 30 dias.

Elevados Os estoques de cacau monitorados pela Bolsa de commodities de Nova York subiram para 5,3 milhões de toneladas neste mês -o maior nos últimos cinco anos.

Oferta de leite diminui, e produtores recebem mais

O início da entressafra, que provoca menor oferta de produto, fez o preço do leite ter recuperação de 2% neste mês, para o produto entregue em fevereiro.

Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), que apurou a média de R$ 0,8581 por litro nos sete Estados pesquisados.

Os preços atuais são 7,7% superiores aos de há um ano, quando descontada a taxa de inflação do período.

Apesar da alta, os produtores de leite estão atentos ao consumo interno e às importações crescentes do produto. Segundo os pesquisadores do Cepea, o consumo de leite vem recuando, assim como o das carnes.

Já as importações de lácteos, principalmente as de queijos e de leite em pó, pressionam os preços internos.

Com KARLA DOMINGUES

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