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Principais obras do país estão paralisadas

Movimentos trabalhistas e decisão da Justiça param atividades em Belo Monte, Jirau, Santo Antônio e Teles Pires

Investimento nas 4 usinas é estimado em R$ 56,6 bilhões; para governo, há 'pequeno atraso'

FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO
AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM

Maiores obras do país, as quatro principais hidrelétricas planejadas pelo governo na Amazônia -valor estimado em R$ 56,6 bilhões- estão com projetos paralisados.

Ontem, operários dos dois principais canteiros de Belo Monte, no rio Xingu (PA), interromperam atividades.

O movimento foi motivado por reivindicações trabalhistas. A morte de um operário anteontem reforçou a adesão. Contratado de uma terceirizada, ele morreu após ser atingido por uma árvore.

O Consórcio Construtor de Belo Monte disse que dá ajuda à família dele e que aguarda a pauta de reivindicações.

No rio Madeira (RO), as usinas de Jirau e de Santo Antônio enfrentam greves que, mesmo consideradas ilegais, não chegaram ao fim.

Santo Antônio tentou reiniciar o trabalho ontem, mas um tumulto perto do refeitório fez com que a Força Nacional de Segurança e a Polícia Militar entrassem na obra. A PM usou bombas de gás na ação, segundo a Polícia Civil.

O consórcio de Santo Antônio disse que 97% dos trabalhadores haviam voltado ao trabalho, mas que a obra continuou parada para preservar a integridade dos funcionários e das instalações.

Operários de Jirau também fizeram manifestação, mas sem registro de incidentes.

Houve audiência ontem entre representantes do sindicato e das empresas responsáveis pelas obras de Jirau e Santo Antônio, mas não houve negociação.

Na segunda-feira passada, a usina de Teles Pires, na divisa entre Mato Grosso e Pará, teve obras suspensas pela Justiça Federal.

A decisão liminar atendeu ação do Ministério Público Federal, para quem populações indígenas não foram consultadas. A Companhia Hidrelétrica Teles Pires afirmou ter recorrido.

As empresas responsáveis pelas obras ainda não estimam atrasos ou prejuízos.

O Ministério de Minas e Energia afirma que as paralisações causam "pequenos atrasos conjunturais" que não impactarão o suprimento de energia a longo prazo.

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