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Dólar avança 6% e lidera ranking em março; Bolsa cai 2%

Dow Jones, por outro lado, tem melhor 1º trimestre desde 98, com alta de 8,1%; Nasdaq registra maior valorização em 21 anos

Sai de foco a crise europeia e volta a preocupação com o desaquecimento da economia chinesa

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

Sai de foco a crise europeia e volta a preocupação com o desaquecimento na China.

Em março, mês em que o Brasil voltou a ter juros de um dígito (a taxa Selic caiu para 9,75% ao ano), a mudança de foco dos investidores resultou em forte alta do dólar e do euro, além de perda na Bolsa brasileira por conta da pressão no preço de commodities compradas pela China.

O dólar comercial subiu 6,16% e alcançou R$ 1,826, a maior cotação desde 4 de janeiro, voltando ao topo do ranking das aplicações no mês. No ano, a moeda ainda tem baixa de 2,3%.

Para analistas, março foi o mês em que a moeda americana recuperou, pelo menos por algum tempo, o patamar de R$ 1,80 após novas medidas do governo para frear a baixa e com as preocupações sobre a freada na China.

O movimento do dólar foi seguido pelo euro, que subiu 6,4% e encerrou o mês a R$ 2,4318 após a materialização do calote na Grécia e com a redução da tensão na Europa. No Brasil, o euro tem o maior valor desde novembro.

RENDA FIXA

Acostumado com juros altos, o investidor brasileiro da renda fixa terá agora de se preocupar em não perder para a poupança, que rendeu 0,6073% em março. A caderneta tem juros mínimos de 0,6% mais TR (6,17% ao ano).

Descontando a taxa de administração, poucos fundos de investimento do tipo DI, o mais tradicional, rendem acima da caderneta se o investidor resgatar antes de seis meses e pagar Imposto de Renda de 22,5%. A linha de corte, segundo bancos, é a taxa de administração de 1,5%.

Em março, os fundos DI renderam em média 0,81% bruto. Descontado um IR de 22,5%, restou somente 0,62% líquido -0,02 ponto acima da caderneta de poupança.

No mês, os CDBs prefixados e os fundos de renda fixa renderam 0,86%.

A decepção maior foi a Bolsa brasileira, que teve baixa de 1,98% no Ibovespa, termômetro das ações no país, após dois meses seguidos de recuperação -em janeiro, o índice avançara 11,1%, e, em fevereiro, 4,3%. No ano, a Bolsa ainda sobe 13,67%.

Nos EUA, a Bolsa de Nova York teve o melhor primeiro trimestre desde 1998 com a alta de 8,14% no índice Dow Jones (30 ações mais importantes) e de 12% no S&P 500 (500 ações). A Nasdaq subiu 18,67%, a maior valorização para o período desde 1991.

"Para abril, vejo a Bolsa seguindo a mesma tendência. O dólar dificilmente cairá desse patamar", disse Newton Rosa, economista da SulAmérica Investimentos.

"As variáveis a acompanhar são os dados reais de crescimento da China, dos EUA e da Europa; a evolução do custo de rolagem das dívidas da Itália e da Espanha e o nível de crescimento e inflação na economia doméstica", diz Fabio Colombo, administrador de investimentos.

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