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Apple negocia abrir livraria digital no Brasil

Executivos da empresa de tecnologia americana se reúnem com representantes das principais editoras do país

Operação deve começar neste mês; Amazon enfrenta resistência, e Google também quer entrar no setor

Mark Lennihan - 19.jan.12/Associated Press
Funcionários da Apple demonstram ferramenta interativa de iBooks para o tablet iPad
Funcionários da Apple demonstram ferramenta interativa de iBooks para o tablet iPad

MARIANNA ARAGÃO
DE SÃO PAULO

Enquanto se arrastam as negociações com as editoras nacionais para o início das operações da Amazon no Brasil, a Apple dá os primeiros passos para abrir sua livraria digital no país.

A decisão de fazer a versão brasileira da iBookstore, loja de livros digitais para dispositivos iOS, já foi tomada pela companhia, segundo pessoas ligadas às negociações.

Há três semanas, um grupo de executivos da Apple desembarcou em São Paulo e no Rio de Janeiro para uma série de reuniões com as principais editoras do país.

"Eles vieram se apresentar e demonstrar o interesse no mercado brasileiro", afirma Marcos Pereira, editor e sócio da Editora Sextante.

O presidente de outra editora também confirmou à Folha conversas com a Apple nas últimas semanas.

Segundo esse editor, a previsão é que a livraria brasileira da empresa esteja operando até o fim deste mês, mas com uma seleção bastante limitada de títulos.

A Apple não se manifestou sobre o assunto.

iTUNES

A iBookstore possibilita que proprietários de dispositivos da Apple, como o iPad, comprem e baixem livros diretamente de uma loja virtual, em uma experiência semelhante à do iTunes.

Após anos de expectativas, a loja virtual de música da Apple começou a operar no Brasil, em dezembro passado, com um catálogo de 20 milhões de canções.

Rival direto do Kindle, da Amazon, o aplicativo da Apple foi lançado em 2010 e, em janeiro deste ano, ganhou uma nova versão, batizada de iBook 2. Na ocasião, a companhia anunciou a venda de livros escolares em sua loja virtual, um nicho ainda pouco explorado no mercado de e-books.

CONCORRÊNCIA

Depois de quase um ano preparando a implantação da venda de livros eletrônicos no Brasil, a Amazon intensificou as negociações com as editoras nos últimos meses, mas ainda vem encontrando resistência.

Para oferecer os títulos em sua loja virtual, a gigante de varejo teria pedido descontos maiores do que o mercado local costuma praticar.

O Google é outra companhia global que prepara a sua entrada no setor de livros eletrônicos no Brasil.

Apesar do interesse, as novas competidoras enfrentarão um desafio em comum: ampliar o escasso volume de versões on-line de livros -hoje são aproximadamente 11 mil títulos.

Nos EUA, somente a Amazon oferece mais de 1 milhão de títulos em sua loja virtual.

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