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Após perder R$ 710 milhões, Gol reduz voos e corta 205 tripulantes

Companhia afirma que cortes são adequação à nova realidade

MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO

Depois de registrar um prejuízo de R$ 710 milhões no ano passado, a Gol anunciou ontem a demissão de 131 tripulantes. Foram 86 pilotos e 45 comissários.

Ao todo, 205 tripulantes se desligaram da empresa nas últimas duas semanas. Além dos demitidos de ontem, 46 aderiram a um programa de licença não remunerada e 28 ao programa de demissões voluntárias.

O número é inferior à previsão do Sindicato Nacional dos Aeronautas, que falava em 240 demissões só de tripulantes.

Antes das demissões, a Gol tinha 1.800 pilotos e 3.600 comissários -em um quadro que soma cerca de 18 mil funcionários.

Também devem ocorrer cortes na área administrativa e de aeroportos em diversas cidades do país, mas a companhia não revela quantos nem quando as demissões vão acontecer.

O ajuste no quadro de funcionários acompanha o plano de redução da malha diária de voos, anunciado na semana passada.

Serão eliminados de 80 a 100 voos diários, de um total de 1.100 voos. Não haverá corte no número de destinos, mas sim de horários.

Voos noturnos, cujas tarifas costumam ser mais baixas, serão os mais afetados na restruturação.

Em comunicado, a Gol afirma que os cortes foram necessários para "adequar a companhia à nova realidade do mercado".

As empresas aéreas estão sofrendo uma pressão forte de custos devido ao aumento do preço do petróleo e também das tarifas aeronáuticas (que elas pagam para poder usar a infraestrutura dos aeroportos).

Com a demanda menos aquecida, as empresas estão com pouca margem para repassar a alta de custos para as passagens.

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