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Cosan quer entrar na distribuição de gás natural em SP

Grupo quer comprar participação da BG na Comgás, a maior distribuidora do país

AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

O Grupo Cosan, um dos maiores conglomerados privados do país, negocia a compra de parte das ações da BG na Comgás, a maior distribuidora de gás natural do Brasil, responsável por abastecer parte do mercado paulista.

Em nota, a Cosan e o Grupo BG confirmaram a existência de "negociações preliminares" para alienação de 60,1% das ações da empresa britânica na distribuidora. O negócio terá de passar ainda pela agência reguladora de São Paulo.

Em nota, nenhum documento que vincule a negociação a um compromisso firme de acordo foi assinado até o momento. O valor do negócio é desconhecido.

O "Portal Exame", citando uma fonte, informou que o negócio pode levar a Cosan a pagar R$ 2,5 bilhões pelo lote de ações do Grupo BG. Nos comunicados ao mercado, a informação não foi confirmada ou negada.

O negócio pode aproximar mais a Cosan da companhia Shell, que também tem uma parte do capital da Comgás.

Ambas são sócias na Raízen, associação para a produção de açúcar e álcool, além de controlarem a distribuição de combustível na rede de 4.500 postos Shell e Esso.

Esse é o segundo negócio de peso da Cosan no ano. Em fevereiro, o grupo anunciou a compra por R$ 900 milhões de parte da ALL (América Latina Logística), maior operadora ferroviária do país.

MERCADO DE GÁS

O mercado de gás natural no Brasil vive um movimento de transição. Depois da expansão a partir da segunda metade dos anos 1990, o setor enfrentou vários problemas, como a nacionalização das reservas na Bolívia.

No mercado interno, o futuro do gás natural parece promissor com o pré-sal, mas ainda há incertezas. A principal reside no potencial de produção do pré-sal.

A Petrobras, detentora das maiores reservas, ainda não informou qual o volume de gás que será oferecido no país, pois alega que não sabe qual o volume de gás que terá de ser reinjetado nos poços para garantir a produção comercial do pré-sal.

Outra restrição para esse mercado é o uso do gás como reserva estratégica para a geração de energia elétrica.

O mercado paulista, atendido pela Comgás, continua a crescer. Em 2011, a distribuidora ampliou a rede em mais mil quilômetros.

A empresa alcançou 1 milhão de clientes e fechou o ano com um lucro líquido de R$ 236 milhões. Em 2010, o lucro foi de R$ 580 milhões.

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