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Usina na Amazônia andina traz risco ao Brasil, diz estudo

Pesquisadores dizem que país também sofrerá impacto ambiental, como desmatamento para linhas de transmissão

Sergio Urday - 9.mai.07/Efe
Lago entre os rios Marañon e Ucayali (que confluem no Amazonas), no Peru, onde há projeto de construir hidrelétricas
Lago entre os rios Marañon e Ucayali (que confluem no Amazonas), no Peru, onde há projeto de construir hidrelétricas

CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

O Brasil pode ser um dos prejudicados pelos impactos ambientais de dezenas de hidrelétricas planejadas para a Amazônia andina -muitas vezes com estímulo do próprio Brasil. A conclusão é de uma dupla de pesquisadores norte-americanos.

Em estudo publicado on-line no periódico "PLoS One", Matt Finer, do Instituto Internacional de Direito Ambiental, e Clinton Jenkins, da Universidade da Carolina do Norte, fizeram o primeiro mapeamento de todas as 151 usinas propostas na região.

Eles concluíram que 47% delas têm alto impacto ambiental, incluindo as cinco que integram o acordo energético entre o Brasil e o Peru, que prevê a venda de 6.000 MW de energia do país vizinho aos brasileiros.

Mais de 80% delas ampliariam o desmatamento devido a novas estradas e linhas de transmissão.

E 60% interromperiam pela primeira vez em 10 milhões de anos o fluxo de cinco dos seis principais formadores do rio Amazonas, com efeitos adversos prováveis no transporte de nutrientes e na migração de espécies.

Segundo Jenkins, espécies migratórias de alto valor para a pesca comercial local, como a dourada e a piramutaba, poderiam ter seu ciclo de vida interrompido.

Segundo os cientistas, o fato de apenas 19% das 151 usinas terem sido classificadas como de baixo impacto desafia a noção de que hidrelétricas são energia ambientalmente correta.

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