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Análise / Agronegócio Sucesso na pecuária está diretamente ligado à genética utilizada pelo produtor PAULO DE CASTRO MARQUESESPECIAL PARA A FOLHA O sucesso ou o fracasso de um projeto pecuário voltado à produção de carne ou de leite depende fundamentalmente de três pilares, que interagem entre si: genética, nutrição e sanidade. Obviamente que ambiente, mão de obra, equipamentos e gestão têm importante parcela de contribuição no processo, mas o manejo sanitário eficiente, a alimentação de qualidade e o padrão genético do gado são fatores indispensáveis. Aos poucos, o Brasil está aprendendo a priorizar a saúde animal como se deve. As principais doenças estão controladas, e a febre aftosa merece cada vez mais atenção dos pecuaristas. Ainda há perigos à espreita, mas é inequívoco o avanço na prevenção e no controle. No campo da nutrição, a suplementação mineral ganha espaço. Os produtores estão mais atentos ao balanço nutricional das dietas, o que vem contribuindo para aumentar os níveis de produtividade do gado em todas as idades e nos diferentes períodos do ano. Quanto à genética, há altos e baixos. Por um lado, há raças zebuínas, como nelore, brahman e gir, que apresentam índices de desempenho crescentes e até surpreendentes, ajudando a impulsionar a oferta de carne bovina. Há também as raças de origem europeia, como angus, simental e uma dezena de outras opções com potencial de expansão. Sem preconceitos, essa genética importada permanece importante para o contínuo melhoramento do gado nacional. Além disso, já há também opções locais de genética de qualidade, que merecem a atenção do pecuarista. O fato é que a pecuária brasileira é um gigante e, como tal, precisa das mais diferentes contribuições genéticas. Há países que selecionam determinadas raças há bem mais tempo que nós e já atingiram patamares de produtividade indiscutíveis. Mas também há méritos internos, e os pecuaristas nacionais têm o seu valor no processo de melhoramento do gado aqui, já adaptado às condições brasileiras. Os exemplos de sucesso estão aí com nelore, simental, gir, brahman, angus, girolando etc. E não se pode esquecer: a escolha equivocada da base genética provocará prejuízos por longo tempo. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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