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No ambiente virtual, interação com os consumidores é melhor

DO ARTICULISTA DA FOLHA

Nos contatos com o mercado publicitário, para identificar novos talentos, Igor Puga foi o nome mais lembrado. Celebrizado pelo viral "pôneis malditos" e sócio da agência digital ID, ele afirma que, "no fundo, a nova visão da propaganda extrapola" a tecnologia ou o ambiente digital, que "é só meio".

"O que de fato apresenta uma mudança de geração tem a ver com ouvir o lado do outro", diz Puga, 30. "O fenômeno é muito mais a comunicação de mão dupla, o interlocutor ter uma reação de verdade. A matéria-prima de quem consegue fazer um trabalho um pouco diferente de 20 anos atrás é se apropriar desse momento de troca."

O publicitário "deixa de ser o dono da verdade, uma quebra de paradigma" em relação ao "Mad Man" (série de TV). "Não funciona mais desse jeito. Se não dialoga de igual para igual com o consumidor, acabou."

Diz se alegrar por ter desenvolvido sua carreira em meio à mudança. "Se você pega uma geração acima, dez anos, é difícil. Você vê que o cara lida com uma barreira cultural. Existia uma zona de conforto, das grandes agências, dos grandes anunciantes, que desapareceu."

Embora negue que seja o fator essencial, Puga admite que é no ambiente digital que a interação acontece melhor, até por "facilitar tracking", seguir as reações. Ele também descreve, com orgulho, que a ID surgiu como startup, ainda que hoje seja parte de um grande grupo publicitário global, o Omnicom.

Também Piero Motta, 33, da We, agência ainda independente dos conglomerados, diz que "o publicitário atual cria para o anunciante tendo o cuidado de pensar no impacto". Ele precisa "pensar como as ações repercutirão e ter sempre respostas a esse consumidor que transita tanto". Diz que "o próprio consumidor exige agilidade, e os anunciantes devem marcar presença tanto no universo on-line como no off-line".

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