Clientes podem acessar conta no Facebook

Depois da internet e do celular, o Facebook se tornou a nova fronteira para os serviços oferecidos por bancos e corretoras a seus clientes.

Em março, o Bradesco lançou aplicativo para usuários do Facebook, rede social que já tem 42,1 milhões de brasileiros. É o primeiro banco no país a oferecer o serviço.

Pela rede, os clientes podem acessar informações como saldo da conta-corrente e investimentos.

Nos próximos meses, o aplicativo vai permitir a realização de transações financeiras, como transferências.

Em um mês, 30 mil aderiram ao serviço. A meta da instituição é ter 500 mil usuários cadastrados até o fim do ano. O número representa 12,5% do total de clientes que hoje usam o banco pela internet.

Segundo Luca Cavalcanti, diretor de canais digitais do Bradesco, o tempo médio gasto pelos brasileiros na rede, de sete horas por dia, justifica o lançamento. "A tendência é que a rede social seja uma base para outras atividades na internet", diz.

O procedimento para acessar a conta-corrente no Facebook é o mesmo exigido no internet banking, com a digitação de senha e chave de segurança específicos.

"Nenhuma informação fica armazenada na rede porque o sistema está hospedado no ambiente do banco."

No ano passado, a corretora de valores Spinelli lançou um serviço que permite a realização de ordens de compra de ações a partir do Facebook. "É um homebroker tradicional, só que dentro da 'moldura' da rede social", diz Rodrigo Puga, diretor de homebroker da corretora.

Segundo ele, 1.100 pessoas utilizam a plataforma -ou 10% de sua base de clientes de homebroker.

Para o especialista em segurança da informação Marcos Ferreira, os cuidados na utilização dos serviços financeiros dentro da rede social são os mesmos do internet banking. "É preciso criar senhas fortes", diz.

Ele recomenda ainda que se faça uma revisão das configurações de privacidade da rede social, para permitir maior controle ao usuário sobre as suas informações.