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Há alguma aplicação que renda mais que a poupança e não tenha risco?

W.N.A., de Carapicuíba (SP)

RESPOSTA DO PROFESSOR DE FINANÇAS DA FGV WILLIAN EID JUNIOR - Considere que mesmo a poupança tem riscos.

Supondo um rendimento médio de 7% ao ano, é só pensar o que pode ocorrer em um cenário de deterioração da inflação. Se ela alcançar ou ultrapassar esse nível, a sua aplicação na poupança não terá rendimento real.

Isto posto, podemos falar de investimentos com um risco um pouco maior que a poupança, como os fundos de renda fixa.

Há uma categoria dentro desses fundos, os chamados Renda Fixa Índices, que podem proteger seus recursos contra os efeitos da inflação e ainda lhe propiciar um rendimento.

Analise os que têm como referência os índices da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os IMAs (Índices de Mercado Anbima). São produtos interessantes, com baixo risco e que podem render mais que a poupança. Mas pense também que, pelo menos nos próximos meses, a poupança vai ficar bastante atraente em relação às aplicações de renda fixa mais tradicionais, dado que a taxa básica de juros, a Selic, está baixa -caiu de 9,75% para 9% na semana passada.

Os fundos de renda fixa clássicos têm um rendimento igual à Selic, menos a taxa de administração e o Imposto de Renda.

Se o fundo tem uma taxa de administração de 1% e você deixar o dinheiro lá por dois anos pagando 15% de Imposto de Renda, vai ter um resultado igual a 6,80% ao ano, abaixo da poupança, que deve render algo próximo de 7% ao ano e é isenta de IR.

Essa condição da poupança não deve durar para sempre, mas no momento é o que temos.

Se você tem uma visão de longo prazo, o ideal é escolher um bom produto que seja adequado aos seus objetivos e se manter nele.

OPÇÕES

Opero na Bolsa há dois anos e adotei a seguinte estratégia: tenho ações da Vale e da Petrobras e vendo opções desses papéis todos os meses, sem vender as ações. Metade do que entra eu uso para comprar mais ações das duas. Tenho conseguido retornos de 1% a 3% ao mês. É uma boa estratégia?

C.A.L., de Piracicaba (SP)

RESPOSTA - O que você está fazendo é uma estratégia de venda de opções coberta.

Imaginando que você esteja vendendo opções de compra, isso significa que, se os preços subirem, você será exercido, ou seja, terá que entregar as ações.

O risco ao qual você está exposto é simples: se você for surpreendido por uma sequência de altas das ações -novamente supondo que você venda opções de compra-, é possível que acabe sem os papéis.

Acho que nestes últimos dois anos você teve sorte com as oscilações dos preços, que resultaram em mais períodos sem exercício de compra do que os com exercício.

Mas certamente foi sorte. Essa não é uma estratégia sem riscos como o passado recente lhe faz acreditar. Ela tem, sim, riscos e eles são elevados.

CDB

Tenho R$ 34 mil investidos em CDB DI de um grande banco. A intenção é colocar todo mês R$ 1.000 nessa aplicação, por 36 meses. Minha dúvida é: mantenho em CDB DI ou coloco em outra aplicação?

L.M.S., de São Paulo (SP)

RESPOSTA - Essa é uma boa alternativa se sua visão for de longo prazo e você deixar o dinheiro por no mínimo dois anos no CDB.

Aí vai pagar 15% de IR e o seu CDB vai render mais que a caderneta de poupança, por exemplo. Tente também negociar um CDB de longo prazo com seu banco, as taxas são melhores.

EU INVISTO EM

Oscar Schimdt, ex-atleta

"Eu invisto em imóveis porque eles sempre se valorizam. Além disso, invisto em renda fixa"

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