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Empresa brasileira de jogos de rede social passa a focar latinos

HELTON SIMÕES GOMES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Encerrada a ação por plágio movida pela Zynga em 2011, a brasileira de jogos sociais Vostu reduziu os postos de trabalho pela metade, fechou os estúdios do Brasil e dos EUA e reuniu a produção de games na Argentina.

Com a reestruturação, a Vostu amplia o foco para a América Latina e espera faturar US$ 50 milhões neste ano.

"O foco principal continua sendo o Brasil, maior mercado da companhia", diz o presidente Matias Recchia, argentino que substituiu o brasileiro Daniel Kafie, agora presidente do conselho.

Dos 50 milhões de usuários registrados nos jogos da Vostu, 87% são brasileiros.

Desenvolvedora da "Mini Fazenda", do "MegaCity" e do "Café Mania", a Vostu foi processada pela Zynga devido à similaridade desses jogos com "FarmVille", "CityVille" e "Café World".

Recchia não revela o valor do acordo, mas afirma que não foi a quantia o motivo da fuga para a Argentina.

A mudança se deu em razão do inchaço no número de funcionários -de 200 para 540 em dois anos-, enrijecendo as decisões, e da perda de foco do que era o negócio.

Especializada em jogos sociais para Orkut e Facebook, a Vostu se aventurou a produzir games complexos, como os de RPG. Neles, personagens e narrativa se constroem no decorrer da ação.

"AI, SE EU TE PEGO"

Agora a Vostu vai explorar as características latinas para construir os games.

Por isso assinou acordo com o Corinthians em novembro para o time ser tema de alguns edifícios do "MegaCity" e, em março, incluiu como personagem do jogo o cantor Michel Teló, do hit "Ai, Se Eu Te Pego".

A dinâmica dos jogos também preservará as características locais de acesso à web.

Diferentemente dos Estados Unidos, onde as pessoas jogam muitas vezes por dia, os latinos se dedicam ao entretenimento por um longo período, mas até duas vezes ao dia. Por isso, os jogos terão tarefas a serem feitas rapidamente.

A Vostu condensou a criação na Argentina, pois a matriz estava lá. Pesou ainda a redução de custos. Enquanto pagava até R$ 9.000 a desenvolvedores brasileiros, gasta R$ 4.000 com argentinos.

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