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Receita desmonta fraude de importação de games

Oito pessoas são presas pela PF em SP e MG; prejuízo é de R$ 100 milhões

Fisco investiga importadores e distribuidores para saber agora se varejo integrou esquema

CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

A Receita Federal e a Polícia Federal desmontaram esquema de importação irregular de videogames, consoles e jogos que causou prejuízo de R$ 100 milhões com a sonegação de impostos.

A ação ocorreu em São Paulo, Belo Horizonte (MG) e Foz do Iguaçu (PR), onde foram identificados três importadores, sete depósitos de distribuição e nove empresas de fachada que remetiam dinheiro para o exterior.

Oito pessoas foram presas. Até a conclusão desta edição, outros cinco mandados de prisão eram cumpridos pelos 140 policiais federais que atuaram na operação.

Foram presos dois empresários e dois funcionários de importadoras de São Paulo, além de um gerente de um banco e três laranjas de Minas Gerais. Essas três pessoas recebiam transferências bancárias de empresas de São Paulo e as enviavam ao exterior, mas não tinham patrimônio nem rendimento compatíveis com as remessas.

Durante a operação, batizada de Estrada Real, foram apreendidos 15 carros de luxo (entre eles dois Porshes, um BMW, um Mercedes-Benz e uma Lamborghini) e outros 20 veículos que pertenciam às empresas do esquema.

FORA DA ESTRADA

O nome da ação foi dado em alusão ao caminho oficial usado na época do Brasil colonial para a circulação de mercadorias. O bem transportado fora dessa via era considerado descaminho.

A investigação começou há três anos quando fiscais e policiais constataram que os eletroeletrônicos entravam no país em caminhões vindos do Paraguai. Os produtos eram retirados das caixas e depois reembalados para dar aparência de que eram legais.

"Consoles, acessórios e jogos eletrônicos de marcas conhecidas eram camuflados em outras cargas e entravam no país sem o pagamento de impostos, o que caracteriza o crime de descaminho", diz Marcos Prado Siqueira, superintendente-adjunto da Receita Federal em São Paulo.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pelo fisco nem pela PF.

De acordo com Siqueira, as investigações continuam para apurar se redes de varejo faziam ou não parte desse esquema.

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