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Análise

Gerir carteira e cortar despesas serão medidas indispensáveis

DANIEL AUGUSTO MOTTA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Este ano será desafiador para os grandes bancos privados de varejo.

O cenário é de quedas constantes na rentabilidade, aumento da provisão para devedores duvidosos e crescimento das perdas com inadimplência.

A solução? Oferta mais seletiva de crédito e redução de despesas. É simples assim. Mas não é nada fácil.

Com a estabilização da taxa básica anual de juros (Selic) em um dígito, aumentou a relevância da receita com taxas e tarifas relacionadas a serviços (como cartões, conta-corrente, previdência privada e fundos).

Entretanto, apenas o aumento da receita de serviços não será suficiente para garantir os históricos patamares de rentabilidade dos bancos de varejo.

Portanto, torna-se cada vez mais crítica a melhoria na gestão da carteira de crédito, bem como a redução de despesas operacionais.

O aumento recente da provisão para devedores duvidosos reflete as incertezas dos bancos com relação a uma melhora no cenário atual de ressaca de crédito.

O ambiente ainda está bastante turbulento, não obstante as crescentes ondas de crédito provocadas pela agressiva política de juros dos bancos estatais.

Espera-se que o processo seja sustentável e contínuo no médio e longo prazo.

DANIEL AUGUSTO MOTTA, doutor em economia, é professor do Insper e presidente-executivo da BMI Brasil.

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