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Sites ajudam a comparar juros e achar melhores opções

Buscadores ganham impulso com recentes reduções nas taxas; pesquisas são feitas por modalidades diferentes de financiamento

DE SÃO PAULO

Com os anúncios de redução de juros em diversas linhas de crédito de bancos públicos e privados desde o início do mês, cresceu o interesse de consumidores por sites que comparam custos de financiamentos e serviços.

São páginas na internet que relacionam taxas cobradas por instituições financeiras em várias modalidades: de financiamentos de imóveis e veículos a consórcios e empréstimos pessoais.

É possível também fazer cotações de serviços, como de telefonia móvel e até cursos de MBA (pós-graduação), em busca das alternativas que sejam mais vantajosas.

O uso de sites desse tipo é comum nos EUA e na Europa, principalmente no Reino Unido. No Brasil, tem se difundido com mais força desde o ano passado, mas ainda é novidade para muitos.

Após o anúncio de aumento da concorrência entre os bancos, no entanto, várias páginas tiveram crescimento de consultas no país.

No Canal do Crédito (www.canaldocredito.com.br), o número de visitantes únicos no período de 15 de abril a 25 de abril (105,3 mil) representou 70% do normal para um mês inteiro.

"A grande maioria dos usuários de internet do Brasil, mais de 99%, diz que acessa a rede em busca de informação. Ter informações financeiras faz toda a diferença para contratar o crédito mais adequado", diz Marcelo Prata, presidente do site.

Lançado em 2009 para oferecer assistência na contratação de financiamento imobiliário, o Canal do Crédito foi reformulado em 2011, depois da entrada de um fundo investidor, e se especializou na busca e na comparação de custos de linhas de crédito.

No site, o consumidor pesquisa, em 36 instituições, as opções mais vantajosas e tem acesso ao resultado do levantamento na hora. Não há custo para consulta.

"Recebemos remuneração de dez bancos parceiros quando o cliente fecha negócio por meio do site. Há a opção de iniciar a contratação do crédito via internet", afirma Prata.

Os sites CortaContas (www.cortacontas.com.br), do Buscapé, e Compare 123 (www.compare123.com.br), que confrontam custos de empréstimos e serviços, também afirmam que a demanda de usuários tem crescido, embora não revelem números.

Nessas páginas, o consumidor detalha a demanda e recebe informações posteriormente, por e-mail, sem custo. A remuneração dos sites é feita pelas instituições que oferecem os produtos; elas pagam uma taxa para cada ficha de cliente.

"Percebemos um aumento da audiência após a redução dos juros", diz Emilio Puschmann, sócio da Internet24, empresa alemã investidora do Compare 123, que foi fundado em 2011.

RESISTÊNCIA

Puschmann afirma, no entanto, que, apesar de a demanda dos consumidores brasileiros por informação sobre custos de produtos de crédito e serviços ser crescente, ainda há uma resistência das empresas em se expor a comparações.

"Principalmente em setores em que grandes grupos dominam, como o financeiro e o de telefonia", diz.

"Mas isso tende a mudar com o aumento da concorrência e o amadurecimento do consumidor, a exemplo do que ocorreu em outros países. As empresas brasileiras precisam aprender que é preciso informar bem."

Rodrigo Borges, vice-presidente de novos produtos e cofundador do Buscapé, também defende essa ideia, que motivou o lançamento do CortaContas em 2008 e a inclusão de mais modalidades de pesquisa no site -como de serviços de telefonia, no ano passado.

"A informação é uma ótima ferramenta para o consumidor comprar o que deseja e sair satisfeito", diz. (CM)

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