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Brasileiro é 4º em Oscar dos restaurantes

D.O.M., do chef Alex Atala, subiu três posições em um ano; na Europa, setor de gastronomia tenta sobreviver à crise

Lista dos top cem tem outros dois brasileiros: o paulistano Maní (51º) e o carioca Roberta Sudbrack (71º)

LUISA BELCHIOR
ENVIADA ESPECIAL A LONDRES

Em uma disputa na qual restaurantes europeus lutam para manter seus postos enquanto os de países emergentes avançam, o brasileiro D.O.M., do chef Alex Atala, conquistou ontem o posto de quarto melhor do mundo.

O título foi concedido pela revista inglesa "Restaurant", uma espécie de Oscar da gastronomia que elege os cem melhores do mundo.

Também entraram na lista o Maní, de São Paulo, e, pela primeira vez, o carioca Roberta Sudbrack, da chef de mesmo nome. Sudbrack apareceu na 71ª posição, 20 atrás da casa paulistana de Helena Rizzo e Daniel Redondo.

A primeira posição, pela terceira vez seguida, ficou com o dinamarquês Noma, do chef René Redzep.

O desempenho de Atala, que pulou da já surpreendente sétima posição no ano passado para o quarto lugar este ano -o maior avanço entre os dez melhores-, foi um dos mais celebrados da premiação, que aconteceu na noite de ontem em Londres. Ele foi um dos cinco chefs aplaudidos de pé, entre os 50 melhores que têm o nome anunciado na cerimônia.

CRISE NA EUROPA

Antes do anúncio, chefs europeus se diziam apreensivos em manter suas posições em um momento de crise econômica no continente.

"Por isso esse mercado está muito competitivo, todos querem manter suas posições", disse o chef espanhol Josep Roca, que conseguiu manter o segundo lugar do seu Celler de Can Roca.

Pela primeira vez, a França, expoente da alta gastronomia tradicional, ficou de fora dos dez melhores. Já a Espanha, que liderou o setor na última década, conseguiu manter cinco nomes na lista, dois deles no topo.

"Apesar de o país estar em crise, consolidamos muito nosso setor e conseguimos que ele não fosse afetado", disse o chef basco Juan Marí Arzak, que ficou em oitavo.

Outra gastronomia emergente, a asiática, ganhou seis nomes na lista.

Além dos brasileiros, quatro quatro latino-americanos -Astrid y Gastón e Malabar, do Peru, e Biko e Pujol Mexico City e, do México- entraram na lista dos top cem.

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