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Brasil, México e Chile vão disputar filial de games japoneses

Editora de jogos Square Enix faz competição para escolher futura base de operações na América Latina

Empresário, um dos 40 homens mais ricos do Japão, diz que segredo é decifrar tendências em vez de seguir a moda

ERNANE GUIMARÃES NETO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um dos 40 homens mais ricos do Japão está de olho no mercado de games do Brasil. Yasuhiro Fukushima, presidente honorário da publisher de jogos Square Enix, acredita que a América Latina só precisa de um empurrãozinho para deslanchar seu potencial criativo na área.

E ele pretende dá-lo: a empresa lançou um concurso para escolher a base de suas operações no subcontinente. Está entre o México, o Brasil (ambos competem pelo posto de maior mercado legal da região) e o Chile.

Fukushima esteve no Brasil no mês passado para explicar as regras do concurso (http://latam.square-enix.com) a um auditório de 200 lugares em São Paulo, lotado por alunos de graduação interessados em criar jogos.

O empresário começou há 30 anos, não como entusiasta dos videogames, mas tentando salvar seu primeiro negócio na área de software.

Sem dispor de profissionais qualificados, lançou mão de um concurso nacional, em que obteve produtos para distribuir e conheceu colaboradores que criariam franquias de sucesso no Japão, como Dragon Quest.

Refundou sua empresa, batizando-a Enix (a rima com Fênix é intencional).

O empresário vê semelhanças entre o Brasil atual e o Japão daquela época.

"O tamanho do mercado brasileiro atualmente é muito pequeno, existem cerca de cem empresas, mas muito poucas se arriscam a desenvolver seu próprios jogos e criar propriedade intelectual", afirma. Com o concurso, acredita que haverá um crescimento do próprio mercado.

MODELO DE NEGÓCIOS

A fórmula da Enix, baseada na distribuição de produtos desenvolvidos por terceiros, permitiu que a empresa resistisse mais às crises que as rivais. Depois de três décadas, fusões e aquisições, a Square Enix é dona de marcas como Final Fantasy, Tomb Raider e Space Invaders.

Fukushima prioriza a adaptabilidade e a capacidade de identificar novos mercados; concorrentes que jogaram todas as fichas em uma fórmula ficaram para trás.

"Não acompanho os jogos que estão na moda. Tento ver que tipo de hardware está se tornando popular, que tipo de tecnologia vai estar disponível em um ou dois anos."

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