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Análise

Manter um sistema financeiro sólido é condição para a expansão da economia

ALEX AGOSTINI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Além dos fatores externos, nos últimos dias a "marolinha" na Bolsa e no câmbio advém de fatores estritamente domésticos e políticos.

Por coincidência (ou não), desde que o governo ergueu a bandeira contra as taxas de juros dos bancos privados, usando como principal arma a redução compulsória das taxas dos bancos públicos (BB e CEF), as ações do Banco do Brasil amargam sucessivas perdas.

Porém, deve-se ressaltar que o desempenho negativo das ações do BB se estende aos bancos privados.

Na atual temporada de divulgação de balanços referentes ao primeiro trimestre de 2012, os quatro grandes bancos que já divulgaram os dados (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander) somaram juntos lucro de R$ 9,577 bilhões, com recuo de 5,9% ante o resultado do mesmo período de 2011. Apenas o Bradesco teve expansão no lucro (3,4%).

O Banco do Brasil, por sua vez, amargou queda de 14,6% no lucro em relação ao primeiro trimestre de 2011. Boa parte do recuo é explicada pelo aumento significativo na provisão para créditos de liquidação duvidosa.

O aumento nessas provisões é reflexo da maior percepção de risco observada pelos bancos em decorrência do aumento da taxa de inadimplência. Também é uma medida preventiva para que o sistema financeiro continue sólido.

Uma economia próspera, com geração de emprego e renda, tem como seu principal fundamento um sistema financeiro sólido.

Portanto, é necessário evoluir na questão do lucro dos bancos e reconhecer que a expansão da economia decorre dessa condição quase "sine qua non"!

ALEX AGOSTINI é economista-chefe da agência de classificação de risco de crédito Austin Rating e professor na FAC-FITO.

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