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Empresas brasileiras dependem muito dos bancos, diz agência

Segundo a Moody's, 43% das dívidas foram tomadas em bancos

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

A dependência das empresas brasileiras do financiamento dos bancos -inclusive do crédito proveniente de instituições públicas- é preocupante, diz relatório divulgado pela agência de classificação de risco Moody's.

A consultoria também vê riscos para as companhias com empréstimos que variam com o dólar, por causa da volatilidade do câmbio, devido às intervenções do Banco Central para valorizar o real.

De acordo com os analistas da Moody's, as dívidas com bancos representam 43% do endividamento das empresas. O percentual sobe para 59% quando o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) é considerado.

Entretanto, a Moody's destaca que a dependência dos bancos caiu no Brasil no ano passado em relação ao anterior. Em 2010, 71% do total das dívidas era com bancos (o número leva em conta empréstimos do BNDES).

A dependência ocorre porque faltam outros meios de financiamento, como um mercado secundário desenvolvido para debêntures locais. Outra causa é o custo de se financiar no exterior.

A Moody's aponta que a maior parte tem boa capacidade de financiar seus projetos -o indicador foi considerado bom ou adequado em 59% das 47 empresas não financeiras avaliadas.

Para essa medida, a Moody's considera o caixa disponível nas empresas, as linhas de crédito contratadas junto aos bancos e o fluxo de caixa estimado para os próximos dois anos.

A Moody's considera que Lupatech (fabricante de válvulas e equipamentos para o setor de petróleo e gás) e Gol e têm alta exposição ao câmbio: 60% dos custos operacionais da companhia aérea (como aluguel de aeronave e combustível) e percentual elevado das dívidas variam com o dólar.

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