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Lançamento de imóveis cai 30% em São Paulo

Número de unidades vendidas e valor de vendas, porém, sobem 27%

Estoque de unidades novas é 50% maior no fim do 1º trimestre; tendência é de preços subirem menos

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

O número de lançamentos de imóveis residenciais na cidade de São Paulo foi cerca de 30% menor no primeiro trimestre em relação a igual período de 2011.

O resultado confirma a desaceleração do mercado imobiliário paulistano observada no ano passado.

Em 2011, o total de lançamentos foi praticamente o mesmo do ano anterior, depois da forte expansão de 20% de 2010 ante 2009.

Esse cenário indica que as construtoras começaram 2012 controlando o ritmo de lançamentos para não "inundar" o mercado.

Mesmo assim, o estoque de imóveis residenciais novos (de até três anos) na capital em março é quase 50% maior do que o de 12 meses antes e voltou ao patamar de março de 2009 -quando o mercado ganhou mais impulso.

Entre janeiro e março de 2012, foram lançadas 3.600 unidades, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) divulgados ontem pelo Secovi-SP, sindicato que representa as construtoras.

O número de residências comercializadas e o valor total de vendas, no entanto, subiram. Foram negociados cerca de 27% mais imóveis que no primeiro trimestre de 2011.

O valor dos negócios subiu no mesmo ritmo, para R$ 2,7 bilhões, com valores atualizados pelo INCC, o índice que mede o aumento de custos da construção civil.

De acordo com o Secovi, os resultados indicam que o mercado passa por uma acomodação entre volume de lançamentos e de vendas.

Nesse cenário de busca de maior equilíbrio entre oferta e demanda, afirma o sindicato, os preços dos imóveis devem subir menos do que em anos anteriores.

NO RITMO DA ECONOMIA

"Deve haver um aumento médio de preços proporcional ao crescimento econômico", diz Claudio Bernardes, presidente da instituição.

Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, "o cenário interno é mais favorável neste ano do que em 2011, o que acelera a decisão de compra do imóvel".

O sindicato considera que a inflação converge para a meta do governo, de 4,5% ao ano, e que há um crescimento sustentável do crédito e desemprego em baixa.

Ainda para o Secovi, deve haver, em todo o ano de 2012, aumento de 10% nas vendas de residências novas (em unidades) em relação ao total de 2011 e redução de 5% do total de lançamentos.

REGIÃO METROPOLITANA

Na região metropolitana de São Paulo, a queda do número de lançamentos no trimestre foi maior que na capital: 38%. Em relação ao número de residências comercializadas, foram 5% menos. O valor das vendas subiu menos que na cidade de São Paulo: 5,3%, para R$ 4 bilhões.

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