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Renda fixa de bancos pequenos paga mais

Risco, no entanto, é maior que o de grandes, alertam especialistas

CDB on-line é aposta de instituições menores para atrair investidor; aplicações de até R$ 70 mil têm 'seguro'

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

Com a queda do juro básico da economia e a mudança das regras da poupança, que vai passar a ter remuneração menor, investidores de renda fixa buscam opções para incrementar os ganhos.

Nesse cenário, bancos de menor porte -que geralmente ficam de fora da lista de preferências do pequeno aplicador- se mobilizam para oferecer alternativas mais rentáveis a esse público.

Uma das apostas é o CDB (Certificado de Depósito Bancário) com aplicação via internet, que, conforme a instituição, pode exigir investimento mínimo baixo ou permitir aporte livre.

Entre os bancos pequenos que já oferecem o produto estão Ficsa, Sofisa e Paulista.

A principal vantagem desses CDBs é que a remuneração é superior à oferecida pelos bancos maiores, como Bradesco e Santander.

Além disso, esse tipo de aplicação tem garantia de até R$ 70 mil pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos), independentemente do porte da instituição financeira. É uma espécie de seguro para caso de quebra do banco.

Já a principal desvantagem do CDB de bancos pequenos é que o risco para o investidor é maior que o dos concorrentes de grande porte, já que está diretamente ligado à capacidade da instituição de honrar seus pagamentos.

EMPRÉSTIMO

O CDB funciona como um empréstimo feito pelo investidor ao banco, que se compromete a devolver a quantia com juros depois de um determinado período.

"Até os R$ 70 mil, pela garantia do FGC, o risco para o investidor fica controlado", diz Erasmo Vieira, consultor da Planilhar Planejamento Financeiro.

"Acima desse valor, é preciso ter cuidado, pesquisar o histórico do banco."

O CDB on-line do Paulista, lançado há pouco mais de uma semana, tem foco no investidor que já faz outras aplicações pela internet por meio da corretora Socopa, controlada pelo banco, e exige aplicação mínima de R$ 30 mil.

A rentabilidade no contrato de um ano fica em 105% do CDI, que é a taxa de juros cobrada nos empréstimos entre os bancos.

É o mesmo percentual oferecido pelo produto do Sofisa, que não estipula investimento mínimo. E próximo ao do Ficsa (106% do CDI), cuja aplicação precisa ser de pelo menos R$ 200.

Para efeito de comparação, o CDB do Bradesco paga 80% do CDI para qualquer período, considerando aplicações de R$ 1.000 a R$ 9.999. No Santander, a remuneração para um investimento de R$ 1.000 por até quatro anos fica em 85% do CDI.

NOVA CLASSE MÉDIA

De acordo com o Ficsa, a intenção com o CDB negociado pela web, que foi lançado em meados de 2011, é alcançar principalmente aplicadores da nova classe média.

Já o público-alvo do Sofisa, que também passou a oferecer o produto no meio do ano passado, são usuários de internet com renda familiar de R$ 4.000 por mês.

Não há cobrança de tarifas para aplicação no CDB on-line, mas é cobrado Imposto de Renda sobre o rendimento, com alíquota variável conforme o prazo da aplicação.

"Via internet, a intermediação quase não tem custo, por isso é possível não cobrar tarifas", diz Cláudio Ferro, presidente do Ficsa.

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