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Comprador de CDB deve avaliar solidez

Informações financeiras da instituição, como faturamento e rentabilidade, são valiosas, dizem especialistas

Investidor deve levar em conta nível de risco e retorno dos papéis, pois bancos menores podem ter dificuldades

DE SÃO PAULO

Além de comparar a rentabilidade dos CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) para escolher, é preciso avaliar com cuidado o perfil da instituição financeira que oferece o produto.

Especialistas ouvidos pela Folha alertam que os bancos pequenos têm taxas de remuneração mais atrativas nesses papéis justamente porque encontram mais dificuldade que os bancos grandes para captar recursos.

"E se eles encontram mais dificuldade, algum motivo tem. Vale a pena prestar atenção ao histórico de cada instituição no mercado", diz Sheila Maia, professora e especialista em finanças pessoais da ESPM-Rio.

"É bom lembrar que o CDB é um empréstimo que o banco toma do investidor e que as taxas de retorno sobem junto com o risco que o aplicador assume", acrescenta.

Maia afirma ainda que os bancos menores podem ter mais dificuldade que os maiores quanto à capacidade de pagamento.

Assim, antes de se decidir, o investidor deve buscar dados como evolução do faturamento e da rentabilidade da instituição.

Essas informações geralmente estão disponíveis nas páginas das próprias empresas na internet e também no site do Banco Central (www.bcb.gov.br).

DIVERSIFICAÇÃO

Ricardo Mollo, professor de finanças do Insper, recomenda distribuir os investimentos em várias instituições para minimizar o risco. Afinal, dificilmente todas quebrarão ao mesmo tempo.

"Mas é bom que as pessoas não se iludam: bancos têm risco", acrescenta.

Mollo destaca que é preciso levar em conta, também, o objetivo e o prazo da aplicação para escolher a melhor alternativa de investimento.

"Se estamos falando de recursos de longo prazo, para a aposentadoria por exemplo, pessoas mais jovens podem assumir mais risco, pois terão mais tempo para reverter eventuais perdas até o resgate da aplicação", diz.

"Já quem está perto da fase de aposentadoria deve ser absolutamente conservador", completa Mollo.

MUDANÇA

Maia, da ESPM-Rio, diz que a procura por informação ganha espaço no dia a dia do brasileiro. "Com juros cada vez menores e a poupança menos atrativa, os brasileiros estão passando de poupadores a investidores, que precisam pesquisar boas oportunidades. Nesse sentido, ter informação é fundamental." afirma.

(CAROLINA MATOS)

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