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Análise

Sem mudança, 2012 será ruim para acionistas da Petrobras

ADRIANO PIRES
ESPECIAL PARA A FOLHA

O resultado da Petrobras no 1º trimestre é explicado, em parte, pela manutenção da política de preços de combustíveis, que não considera as variações ocorridas no mercado internacional.

Esse fator tem influenciado os resultados da Petrobras nos últimos trimestres.

Estima-se que a perda da Petrobras ao importar gasolina e diesel e vender esses produtos com preços subsidiados no mercado doméstico tenha sido de R$ 1 bilhão nesse trimestre.

A defasagem do preço da gasolina e do diesel em relação ao golfo americano, no primeiro trimestre, foi de 22% e 26%, respectivamente.

A queda de 16,1% no lucro líquido da empresa só não foi pior porque nesse período houve desaceleração das importações e o preço do barril ficou alto.

Mantida a atual política de preços, a defasagem tende a aumentar nos próximos trimestres devido ao efeito alta do câmbio.

Outro fator que tem causado decepção nos últimos resultados e que permanece no primeiro trimestre é o crescimento da produção de petróleo abaixo do esperado pelo mercado.

A razão para isso são as paralisações de plataformas para manutenção e os atrasos na entrega de bens e serviços por parte de fornecedores nacionais.

Caso não haja mudanças nas atuais políticas praticadas pela Petrobras, 2012 será mais um ano decepcionante para os seus acionistas.

ADRIANO PIRES é diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura).

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