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Facebook eleva número de ações à venda

Captação pode chegar a US$ 15 bilhões, o que elevaria valor de mercado da rede social a cerca de US$ 110 bilhões

Aumento da oferta veio de investidores, como o Goldman Sachs, que quer vender metade de sua participação

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

Prevista para amanhã, a abertura de capital do Facebook ganhou proporções ainda maiores com a decisão de acionistas antigos, ontem, de elevar a oferta inicial ao mercado em quase 25%.

Segundo a atualização do documento registrado pela empresa na SEC, a reguladora do mercado americano, serão postos à venda 421,2 milhões de ações -83,8 milhões a mais do que no original.

O montante pode representar mais de US$ 3 bilhões (R$ 6 bilhões) extras caso seja atingido o preço-alvo, estipulado entre US$ 34 e US$ 38. Essa meta também foi elevada pela empresa ante o frenesi provocado pela abertura.

Com isso, a oferta pública inicial deve arrecadar mais de US$ 15 bilhões, elevando o valor de mercado da empresa, cuja renda líquida em 2011 ficou em US$ 1 bilhão, para quase US$ 110 bilhões.

O aumento da oferta não veio da empresa em si, mas de fundos e investidores que colocaram dinheiro no Facebook em seus primeiros anos de vida, como o banco de investimento Goldman Sachs -que quer vender metade de sua participação no site.

Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, manterá 55,8% do controle da empresa que fundou em 2004.

PLANO DESTACA BRASIL

No documento à SEC, o Facebook dá pistas do que pretende fazer com o dinheiro levantado amanhã. A primeira meta é ampliar sua "comunidade global", sobretudo em "grandes mercados de relativamente baixa penetração".

No topo, o Brasil (Índia, Japão, Rússia, Alemanha e Coreia do Sul também são alvo).

A entrada da rede ocorreu tardiamente no país, território inicial do Orkut, e, embora o Brasil seja hoje seu segundo mercado, com 47 milhões de usuários, segundo o site Social Bakers (de um total de 900 milhões), há ainda potencial para a empresa.

Essa ampliação, diz o Facebook, deve ocorrer sobretudo pela expansão em plataformas móveis, nova prioridade da rede. Para tanto, haverá maior gasto em tecnologia, e a receita com anunciantes, principal fonte de renda, deve cair. Além disso, a rede social planeja continuar comprando aplicativos -como fez com o Instagram, que compartilha fotos.

O Facebook ainda afirma que terá "gastos significativos" com ajustes tributários, decorrentes sobretudo das remessas vindas do exterior.

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