Análise

Privacidade e crescimento são grandes desafios da rede social

Já imaginou se a empresa que você desenvolveu na adolescência fosse avaliada em entre US$ 77 bilhões e

US$ 100 bilhões? Essa é a realidade vivida por Mark Zuckerberg, do Facebook.

Apesar de ter tido receita de apenas US$ 3,7 bilhões em 2011, as expectativas sobre o potencial de crescimento são enormes. Mas qual o grande diferencial do Facebook?

Com um banco de dados que inclui gostos, vontades e hábitos de quase 1 bilhão de usuários, o ex-aluno de Harvard reinventou a publicidade com a possibilidade atingir consumidores de maneira hipersegmentada.

Para justificar as expectativas do mercado, Zuckerberg deve provar que a empresa pode aumentar seu potencial de geração de receitas e sua base de usuários. Já é possível notar movimentos da empresa nesse sentido. Em 2009, havia cerca de 3 anúncios por página, número que cresceu para 11 em 2011 e que deve sofrer novas alterações.

Além disso, a empresa também tem explorado novas formas de publicidade mais eficazes, como anúncios personalizados que utilizam informações de amigos para evidenciar produtos.

Mas ainda há uma importante barreira a ser enfrentada: a privacidade. Qualquer alteração realizada no modelo de privacidade da rede gera enormes repercussões e suscita questões éticas. Um movimento brusco na direção errada poderia gerar um êxodo importante do site.

CRESCIMENTO

Há questionamentos também acerca da capacidade de crescimento do Facebook, que já mostra sinais de exaustão em mercados mais antigos como os EUA e a Europa.

O valor esperado para o Facebook se deve, em grande parte, à popularidade da rede. Resta saber se ela conseguirá se reinventar para satisfazer o apetite por resultados dos investidores e manter-se atraente ao público.