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Governo quer retirar três encargos para baratear conta de luz Ministério de Minas e Energia e Eletrobras resistem à mudança, ordenada por Dilma NATUZA NERYJÚLIA BORBA DE BRASÍLIA O governo preparou uma lista com três encargos que pretende eliminar para reduzir o preço da energia. A medida servirá para acalmar os ânimos da indústria, pressionada pela perda de competitividade, e reduzir as tarifas da conta de luz, uma das mais altas do mundo. Os mais cotados para serem extintos são a Conta de Consumo de Combustíveis, que serve para custear a geração de energia na região Norte; a Reserva Global de Reversão, fundo criado para indenizar usinas que não fossem amortizadas; e Encargos de Serviços do Sistema, usado para garantir a segurança da oferta de energia. Fontes do governo dizem que a intenção é cortar todos os dez encargos ou, ao menos, chegar próximo disso. Há resistência do Ministério de Minas e Energia, que teme impacto no sistema Eletrobras, mas a ordem de reduzir a tarifa veio da própria presidente Dilma Rousseff. Segundo a Folha apurou, Dilma quer rever encargos "inócuos" e as estatais elétricas terão de se adequar à nova realidade. Em nota, a Eletrobras fez defesa dos encargos: "Eles são fundamentais para diminuir desigualdades no acesso à energia elétrica. À medida que essas desigualdades vão diminuindo, vai diminuindo também, de maneira progressiva, a necessidade desses fundos". PROGRAMAS SOCIAIS Ontem o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse em audiência na Câmara dos Deputados que alguns dos encargos são importantes porque financiam programas sociais como o Luz Para Todos e por isso não podem ser alterados. Zimmermann também defendeu a renovação dos contratos com as atuais concessionárias do setor. Dados da Aneel mostram que, em uma fatura de R$ 100, os encargos correspondem a R$ 10,90; impostos e tributos, a R$ 25,90; e a compra da energia, a transmissão e a distribuição somam R$ 63,20. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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