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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Seca devasta a produção de feijão na Bahia

A seca que atinge o Nordeste praticamente dizimou toda a safra de feijão da Bahia, importante produtor, mantendo apertado o quadro de oferta e demanda nacionais.

Segundo dados da Secretaria de Agricultura da Bahia, as perdas na região de Irecê, tradicional produtora, chegam a 93% da área cultivada.

"Tudo o que está sendo colhido serve apenas para a produção de sementes", diz Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consultoria, especializada no setor.

A safra que está em fase final de colheita é a principal do Nordeste e responde por quase toda a oferta adicional de feijão nesta época do ano.

Por isso, os empacotadores contam apenas com os leilões do governo, que tem em estoque cerca de 50 mil toneladas, para se abastecer.

Por conta da estiagem, no final de abril o preço da saca de feijão chegou a R$ 250, na média nacional. No Nordeste, esse valor continua, mas a média do país caiu para R$ 190, segundo Brandalizze, que prevê novas altas de preço por conta da baixa oferta.

Os produtores de Goiás e de Minas Gerais plantam neste mês sua safra irrigada, cuja produção deve entrar no mercado apenas em setembro. Já São Paulo planta em junho para colher em outubro.

"Os preços vão subir até o limite que o consumidor estiver disposto a pagar", diz.

Pela demanda, o cenário é altista. Enquanto a produção deve ficar em 3 milhões de toneladas, o consumo potencial no Brasil é de 4 milhões, segundo o consultor.

Pouca queda Os Estados Unidos esperam redução de apenas 2% nas exportações de carne bovina, segundo o Usda. Se isso realmente ocorrer, é um percentual pequeno em vista da situação do país.

Oferta menor Após um 2011 de alta na produção, o volume de carne deste ano cai 5%, aponta o Usda. Além disso, o país anunciou recentemente mais um caso de vaca louca, que, pelo jeito, terá pouco impacto externo.

Marca milionária O grupo Estância Bahia, de Maurício Tonhá, de Água Boa (MT), chegou ao patamar de 1 milhão de animais comercializados em 21 anos de participação em leilões.

Megaleilões Pelo menos 400 mil desses animais foram negociados nos tradicionais megaleilões da empresa. Na primeira fase do circuito de vendas deste ano, realizada em abril, foram 41 mil cabeças leiloadas em oito horas.

DE OLHO NO PREÇO

COTAÇÕES

Londres

Petróleo

(US$ por barril)109,75

Cobre

(US$ por tonelada)7.710

Chicago

Soja

(US$ por bushel)14,22

Trigo

(US$ por bushel)6,39

Com TATIANA FREITAS

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