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Com queda nas taxas de administração, os fundos vão ganhar da poupança?

J.L.J.S, de Guarulhos (SP)

RESPOSTA DO CONSULTOR DE FINANÇAS MAURO CALIL, DA CALIL&CALIL - Caro leitor, para alguns casos a resposta é sim e, para outros, não.

Temos que separar com clareza os fundos de renda fixa dos de renda variável.

Os primeiros são aqueles que sofrem de perda de competitividade em relação à poupança.

Já os segundos têm os seus próprios males, que estão atrelados às oscilações dos ativos (ações e outros) na Bolsa de Valores.

O grupo de renda fixa costuma ser o grande financiador do governo ao colocar em suas carteiras os títulos do Tesouro.

Por isso, a queda da taxa básica de juros, a Selic, afeta a sua rentabilidade.

Veja que com a Selic a 20% ao ano, como tínhamos há tempos atrás, uma taxa de administração de 2% tinha um peso menor sobre a rentabilidade dos fundos de investimento em renda fixa do que atualmente, com a Selic a 9% ao ano.

Como é desejo de se reduzir ainda mais a taxa básica, os bancos terão de diminuir as taxas oferecidas nesses produtos, de forma a mantê-los atrativos.

Caso contrário, terão de amargar a fuga dos investidores para os títulos do Tesouro Direto.

No último boletim Focus divulgado pelo Banco Central, por exemplo, analistas revisaram de 8,5% para 8% a estimativa para a taxa Selic ao final deste ano.

O mesmo raciocínio, contudo, não pode ser usado para as aplicações em fundos de renda variável.

Os gestores dessa modalidade poderão buscar investimentos que sejam rentáveis aos aplicadores mesmo com taxas de administração elevadas, de 4% ou 5% ao ano, por exemplo.

Vale lembrar que os fundos de renda variável envolvem mais riscos, portanto, não esqueça de se informar bem sobre o perfil dos ativos e o grau de exposição a que você estará sujeito antes de fazer a sua opção.

RISCO

Tenho aplicações de perfil moderado num grande banco e vi que o rating (nota de crédito) dele foi rebaixado. Isso pode ter algum reflexo negativo? Corro risco?

A.C., de São Paulo (SP)

RESPOSTA - Depende do tipo de aplicação e do valor. O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante até R$ 70 mil, por CPF, por instituição financeira, na soma dos valores aplicados em CDBs, poupança e alguns outros investimentos.

Fundos de investimento não são cobertos pelo FGC.

O que deve ter acontecido com o rebaixamento da nota foi uma desvalorização dos títulos de dívida emitidos por essa instituição e, provavelmente, de suas ações em Bolsa.

TESOURO DIRETO

Aplico em um fundo de previdência privada com depósitos de R$ 150 mensais. Quero aplicar em Tesouro Direto, mas não sei em qual título investir. Pretendo, em cinco anos, comprar um terreno ou imóvel com o rendimento.

D R.P.M.P., de Boa Vista (RR)

RESPOSTA - O site do Tesouro tem uma calculadora em que é possível simular seus investimentos utilizando os vários títulos.

Sugiro que você use essa ferramenta para formar sua opinião a respeito do melhor título para seu prazo, seu objetivo e sua capacidade de poupança mensal. Ela está disponível no endereço simuladortesourodireto.cblc.com.br.

É importante chamar a atenção para a necessidade de uma boa pesquisa caso você escolha investir por meio de uma corretora.

Se a taxa de administração cobrada for muito alta, você corre o risco de ter ganhos inferiores aos da poupança nos próximos meses.

Na página do Tesouro há um ranking com o valor cobrado por cada uma delas.

Eu invisto em

Brunete Fraccaroli, arquiteta

"Sou conservadora. Invisto em imóveis e renda fixa. Não me sinto confortável com a instabilidade da Bolsa ou de qualquer outro investimento de alto risco"

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