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Gestão de recursos do FGTS favorecia empresa

Destino de R$ 3 bi passou pela Sscore, cujos donos tinham influência no processo

DE BRASÍLIA

Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) indicou "conflito de interesses" na gestão de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço em 2009 e 2010.

Empresa pertencente a pessoas que faziam parte do processo de decisão do destino de mais de R$ 3 bilhões do FGTS foi beneficiada, segundo o "Valor Econômico".

A empresa Sscore, criada em 2008, prestava serviços para companhias que recebiam recursos do FGTS. O fundo comprava debêntures (um tipo de título) de empresas e indicava para a intermediação a Sscore, remunerada com um percentual das operações que variou de R$ 50 milhões a R$ 900 milhões.

A Sscore teve como sócios Marcelita Marinho, aposentada da Caixa na área de gestão de risco; Celso Petrucci, do Conselho Curador do FGTS; e André de Souza, do Grupo de Apoio ao Conselho Curador. Para a empresa receber recursos do FGTS, passava por análises e pelo aval da Caixa e do conselho.

A Caixa informou que Marinho não tinha interferência nos processos e que recebeu censura ética do banco. A instituição mudou ainda procedimentos para essa operação.

A Folha não conseguiu contato com a Sscore. O Ministério do Trabalho não comentou o assunto.

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