Com R$ 2 bi liberados, BB baixa juros para veículos

Com a liberação de parte dos recursos que ficam retidos no Banco Central, os chamados depósitos compulsórios, o Banco do Brasil poderá aumentar em R$ 2 bilhões o montante disponível para financiamento de veículos às pessoas físicas.

Segundo o vice-presidente de Negócios de Varejo do banco, Alexandre Abreu, esse dinheiro deve garantir a oferta das linhas mais baratas, anunciadas ontem oficialmente pelo banco. Os novos valores passam a valer a partir da próxima quinta-feira.

As taxas para financiamento de veículos novos, que ficam entre 0,95% e 1,99% ao mês, com taxa média de 1,29%, passarão a custar 0,77% a 1,79% ao mês, com taxa média de 1,09%.

Segundo Abreu, desde que o banco iniciou o corte nas taxas, há pouco mais de um mês, o desembolso diário para operações de financiamento de veículos mais do que triplicou. Passou de R$ 11 milhões para cerca de R$ 40 milhões ao dia.

"Na estimativa que fizemos, o desembolso deverá subir para R$ 45 milhões por dia", afirmou.

Além da queda nos juros, ele destaca como atrativo o fato de o banco ter anunciado que passará a financiar 100% do valor do carro adquirido, o que deverá elevar a demanda por empréstimos.

"Com as taxas menores e a redução do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras], o custo final cai e muitas pessoas, que antes não tinham limite de crédito, agora também poderão comprar esses bens", afirmou.

De acordo com o executivo, o Banco do Brasil não vai aumentar o prazo de financiamento, que pode chegar a 58 meses.

Além da redução para veículos pessoais, o BB anunciou que também vai reduzir as taxas para aquisição de caminhões, ônibus, bens de consumo e bens de capital por pessoas jurídicas.