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Cai juro de empréstimo para aposentado

Taxa máxima cobrada no crédito consignado para pensionistas do INSS tem redução de 2,34% para 2,14% ao mês

Com baixo risco de calote, modalidade representa um quinto do crédito pessoal disponível no mercado

PAULO MUZZOLON
EDITOR-ADJUNTO DE “MERCADO”
CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

O Conselho Nacional de Previdência Social reduziu de 2,34% a 2,14% ao mês a taxa máxima do juro que pode ser cobrada no empréstimo pessoal consignado para aposentados e pensionistas do INSS.

A medida foi aprovada ontem e deve ser publicada ainda nesta semana por meio de portaria do instituto.

A redução ocorre um dia após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciar uma série de medidas para estimular o consumo.

Nos empréstimos consignados por meio do cartão de crédito, a taxa baixou de 3,36% para 3,06% ao mês.

A Folha antecipou, em reportagem publicada em 27 de abril, que o governo estudava a redução das taxas.

Atualmente, 38 instituições financeiras oferecem a modalidade. O consignado representa cerca de um quinto do crédito pessoal disponível no mercado.

Essa modalidade de empréstimo é considerada uma das mais seguras para os bancos. O risco de calote é baixo porque, antes de o aposentado receber o benefício, o banco faz o desconto na folha da Previdência Social.

"Isso é apenas uma primeira medida, discutida com o Banco Central. Poderemos adotar outras", afirmou o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho.

As novas taxas devem entrar em vigor assim que a portaria do INSS for publicada.

CONCORRÊNCIA

Para a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), a redução é positiva porque tem efeito de estimular a concorrência e ampliar o número de pessoas que podem se beneficiar desse crédito.

"Metade dos 28 milhões de aposentados e pensionistas do país nunca usou o consignado", diz Renato Oliva, presidente da associação, entidade que integra o conselho.

Os empréstimos do consignado do INSS totalizaram R$ 2,97 bilhões em fevereiro. O resultado é 30% superior ao do mesmo mês de 2011. O total de crédito pessoal liberado em fevereiro foi de R$ 14,4 bilhões, segundo o BC.

Cálculos da Anefac (associação dos executivos em finanças) mostram que a redução na taxa máxima de juros pode significar economia de até R$ 123,60 em um empréstimo de R$ 2.000, parcelado em 24 vezes no cartão de crédito. O mesmo valor, dividido em 12 parcelas na modalidade do cartão de crédito, gera economia de R$ 51,72.

Segundo a Previdência, outras medidas estão em estudo: agilidade na devolução de cobranças indevidas em caso de irregularidade no empréstimo, atenção especial a segurados que são alvo de fraudes e ampliação de campanhas para evitar fraudes.

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