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Governo pede que banco dê mais crédito para usados

Estoque de carros nas lojas preocupa o setor

NATUZA NERY
JÚLIA BORBA
DE BRASÍLIA

A pedido do governo, os bancos públicos e privados se comprometeram a dar outro impulso para a venda de veículos no país.

A nova meta é facilitar também, com taxas e condições de pagamentos melhores, as regras para o financiamento de seminovos.

Na segunda-feira passada, o Ministério da Fazenda anunciou um pacote de medidas para tirar a indústria do sufoco, com ações para incentivar o consumo de automóveis novos e ajudar a acelerar a atividade econômica.

Durante a reunião com o setor e com os principais bancos brasileiros no início da semana, ficou decidido que o mercado secundário de carros também receberá estímulo na área de crédito.

As associações que representam concessionárias de veículos estão preocupadas com os estoques parados.

Na avaliação do governo, seria limitado impulsionar o consumo de carros zero sem gerar fluxo para os seminovos.

Segundo a Folha apurou com autoridades que participaram da reunião de segunda-feira com o governo, as regras e condições de financiamento devem seguir a mesma linha de facilidades anunciadas nesta semana.

A única diferença será nos critérios para o financiamento. Para os seminovos, os bancos exigirão entrada maior no ato da compra nas operações consideradas de maior risco.

Os bancos devem anunciar os novos critérios a partir da próxima semana.

A Folha apurou com fonte do governo que uma das orientações do Banco do Brasil, por exemplo, será autorizar financiamentos de até 100% do valor do automóvel desde que o risco seja baixo.

Nos planos do governo e dos bancos, há três metas no pacote para estimular o mercado de carros: reduzir o valor da entrada, diminuir a taxa do financiamento e conceder prazos mais longos para o pagamento de parcelas.

Isso ajuda, na avaliação do Executivo, a reduzir o nível de endividamento da população, abrindo espaço para novos empréstimos e, portanto, movimentando mais a economia num ano considerado difícil.

"Apenas 20% ou 30% dos clientes pagam por um carro à vista. Sem mexer nas condições, o cliente vem até a loja, mas não compra", disse Alessandro Soldi, do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Distrito Federal.

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