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Mercado publicitário deve dobrar até 2016

Previsão é que Copa e Olimpíada elevem a R$ 72 bi os investimentos em anúncios e produção

DE SÃO PAULO

A Copa e a Olimpíada, os dois principais eventos esportivos e de alto apelo midiático que o país vai sediar nos próximos anos, farão o mercado publicitário quase duplicar de tamanho.

Serão investidos R$ 72 bilhões em anúncios e produção em 2016, ante R$ 37,2 bilhões no ano passado -crescimento de 93%.

A estimativa é do Grupo de Mídia São Paulo, que reúne os executivos de mídia das principais agências do país.

"O mercado crescerá não só em tamanho mas em complexidade, com o fortalecimento das novas mídias", afirma Luiz Fernando Vieira, presidente do Grupo de Mídia São Paulo e sócio e vice-presidente da agência Africa.

O levantamento será apresentado no 5º Congresso da Indústria da Comunicação, que acontece de segunda a quarta-feira em São Paulo.

Maior evento da publicidade no país, ao reunir 37 entidades do setor, o congresso será aberto pelo arcebispo sul-africano Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz. Ele vai fazer a palestra "Liberdade e Democracia".

A escolha não foi à toa. Neste momento em que a publicidade tem sido pressionada por movimentos sociais, favoráveis à restrição da propaganda infantil e de alimentos, o evento quer reforçar a bandeira do setor em defesa da liberdade de expressão.

O tema também está na pauta de uma comissão formada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres de Brito, pelo presidente do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), Gilberto Leifert, e pelo presidente do Grupo Abril, Roberto Civita.

RONALDO

O evento contará ainda com a presença, entre outros, do ex-jogador e hoje empresário Ronaldo, do apresentador Luciano Huck e da ex-ministra Marina Silva.

Os congressos da propaganda são históricos. O primeiro, em 1957, foi um marco na profissionalização do setor e resultou na criação do IVC, instituto que mede a circulação dos veículos.

O terceiro, em 1978, aprovou a criação do Conar. O mais recente, há quatro anos, aprovou o apoio do setor ao projeto de lei de moralização das licitações de publicidade governamentais, aprovado em 2010 como a lei 12.232.

Para esta edição, a expectativa do presidente da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade), Luiz Lara, é discutir a questão dos limites entre a atuação do marketing direto (personalizado) e a privacidade.

"Devemos avançar no sentido de estabelecer propostas para um projeto de lei."

As conclusões dos temas discutidos nas comissões serão apresentadas em uma plenária final.

A inscrição para os três dias do congresso, aberto ao público, custa R$ 3.680 (R$ 1.900 para estudantes).

(MARIANA BARBOSA)

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