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Commodities

Eike estreia empresa de carvão na Bolsa

Ações chegam a cair 10%, mas terminam dia em leve alta após empresário falar de planos para a mineradora

Companhia é dona de mina no nordeste da Colômbia, tida como uma das cinco maiores do mundo

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

O empresário Eike Batista levou ontem para a Bolsa de Valores de São Paulo as ações da CCX, empresa focada na exploração de carvão mineral na vizinha Colômbia. É a sexta empresa do grupo do empresário na Bolsa.

Os papéis da nova empresa iniciaram o dia com baixa de mais de 10%, mas fecharam com leve alta de 0,11%, após o próprio Eike entrar em campo para falar sobre a viabilidade independente do negócio de exploração de carvão na Colômbia.

A nova empresa surgiu a partir da cisão de parte da MPX, empresa de produção de energia do grupo de Eike, com usinas termelétricas e solares na América do Sul.

A CCX é dona da mina de carvão de San Juan, na região de La Guarija (nordeste da Colômbia), considerada uma das cinco maiores do mundo.

Para tornar a CCX independente, Eike decidiu listar a unidade de carvão da Colômbia, repassando parte do capital da MPX e permitindo a conversão de debêntures (título de dívida de longo prazo) em ações da nova empresa. A cisão da MPX fora aprovada na véspera pelos investidores e acionistas.

Apesar da oscilação das novas ações, o mercado recebeu bem a cisão da MPX, que teve alta de 9,3% nas ações ontem. O Ibovespa, principal termômetro dos negócios, terminou o dia com alta de 0,7%.

No processo, os investidores que tinham debêntures da MPX aceitaram converter a dívida em ações da mineradora de carvão.

Ontem, Eike disse que estuda vender 30% da CCX para investidores e empresas do ramo siderúrgico. O empresário disse ter contratado o banco americano Morgan Stanley para viabilizar a venda dessa participação. "Acreditamos que a CCX seja um ativo que vale US$ 4 bilhões."

Eike disse ainda que pretende levar as ações da CCX para a Bolsa de Bogotá, mas que o processo depende de análise e mudança jurídica.

PROJETO

Segundo Eike, a Colômbia tem fundos de pensão interessados em comprar participação da mineradora.

"É uma jazida do país, por que não deixar os colombianos participarem?", questionou Eike, que apelidou o projeto de "Carajás do carvão".

Além das minas de carvão, que colocam o projeto entre os maiores do mundo, a CCX vai reforçar a infraestrutura de transporte colombiana com a construção de 150 km de ferrovia e um porto.

A expectativa é que as operações comecem em 2017.

Eike disse ainda que outros sócios virão para a EBX, a holding que congrega empresas de petróleo, mineração, logística e entretenimento, entre outros.

Segundo Eike, a EBX poderá captar US$ 500 milhões por meio de venda de fatia no grupo. Anteontem, a EBX vendeu participação de US$ 300 milhões à americana GE.

Com a REUTERS

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