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Especialistas veem problemas com a 'monocultura' soja-milho DO ENVIADO A MATO GROSSOO cultivo de milho cresce vertiginosamente na região (12 milhões de toneladas previstas para este ano) e é considerado um trunfo local. Em geral, o milho é cultivado diretamente após a colheita da soja, sem revolver o solo. Poucas regiões no mundo conseguem resultado tão eficaz com as duas culturas. Porém, especialistas alertam para os riscos de uma monocultura, constituída pelo plantio anual de soja e milho. "Precisa haver uma verdadeira rotação de culturas. Esse sistema está começando a comprometer seriamente a produtividade do solo", diz Dora Ceconello, produtora e dirigente da Fundação Rio Verde, entidade privada de pesquisa e desenvolvimento. Lucas do Rio Verde vive hoje seu segundo ciclo de crescimento. Com o milho produzido na entressafra da soja, o município atraiu a instalação de um dos maiores frigoríficos de aves e suínos da América Latina, da Brasil Foods. Com sua chegada em 2008, e de seus 3.800 trabalhadores das regiões Norte e Nordeste do país, a maioria recebendo de um a dois salários mínimos, Lucas mudou de cara. A cidade, que tinha 30 mil habitantes, hoje tem 50 mil. Muros foram erguidos nas casas, e os números de segurança pública pioraram. O índice de rotatividade dos trabalhadores do frigorífico é grande. O custo de vida é a principal reclamação dos trabalhadores. E a ausência de mão de obra qualificada, de quem os emprega. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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