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Commodities Demanda chinesa lastreia meganegócio Japonesa Marubeni paga US$ 3,6 bi por trading de grãos americana Gavilon e reafirma a consolidação do setor Alta no comércio de commodities agrícolas ocorre em razão da forte demanda de países emergentes DO “FINANCIAL TIMES”A trading japonesa Marubeni apostou mais de US$ 5 bilhões (R$ 9,9 bilhões) na tese de que a China será importadora de milho por muitos anos e, nesse processo, reformulará o mercado global de commodities agrícolas. A trading com sede em Tóquio anunciou ontem a compra da trading norte-americana de grãos Gavilon por US$ 3,6 bilhões. Considerado o passivo da companhia, a transação avalia a trading, controlada por fundos de hedge e capital privado dos EUA, em US$ 5,3 bilhões. O mercado de commodities agrícolas já está fervilhando quanto a uma possível virada no jogo, agora que Pequim está se tornando grande importadora de milho. Na última vez em que a China se tornou importadora em grande escala de uma commodity alimentar -a soja, em 1995-, isso resultou em alta sustentada de preços e em expansão considerável da área cultivada no Brasil. A transação é a mais recente na onda de fusões e aquisições que tomou o setor de agrobusiness, entre as quais a tomada de controle da trading de grãos Viterra, de Toronto, pela Glencore, em uma operação de US$ 5,9 bilhões. Daisuke Okada, diretor da divisão de alimentos da Marubeni, disse crer num aumento nas importações chinesas de grãos. "Acreditamos que a América do Norte atenderá a demanda chinesa de grãos. Foi isso o que mais nos atraiu quanto à Gavilon." O Departamento de Agricultura dos EUA estima que a China importará um recorde de 5 milhões de toneladas de grãos em 2011/2012, ultrapassando o pico anterior de 4,7 milhões de toneladas na seca de 1994/1995. Na próxima temporada, diz o órgão, a China deve adquirir 7 milhões de toneladas de grãos. A consolidação do setor de commodities agrícolas surge no momento em que os operadores tentam lucrar com a alta no comércio dessas mercadorias em razão da forte demanda em países emergentes como a China. Nos dez últimos anos, o comércio mundial de trigo aumentou 40%; o de milho, 25%; e o de soja, 66%, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA. ADM, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus Commodities dominam atualmente os fluxos de commodities agrícolas. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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