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Mecânico ganha R$ 20 mil de hora extra por tempo de banho

Alpino

MARCELO ALMEIDA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um mecânico que trabalhava na Goodyear em Americana, interior paulista, deve receber cerca de R$ 20 mil, referentes a 540 horas extras, pelo tempo gasto para tomar banho na empresa e remover a sujeira do trabalho, de acordo com decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho).

Ele levava meia hora por dia para limpar óleos, graxas e outras substâncias utilizadas na manutenção de pneus.

De acordo com o TST, o tempo gasto pelo empregado com a troca de uniforme, lanche e higiene é considerado como período à disposição da empresa sempre que ultrapassar dez minutos por dia.

"As substâncias atravessavam o uniforme e irritavam a pele, mesmo usando avental, luva e todo equipamento", afirma o ex-mecânico, que hoje é microempresário e não quis ser identificado.

Segundo ele, a Goodyear dava um creme para os funcionários usarem, mas não reconhecia o tempo de banho como serviço. "Havia um adicional de banho, mas cortaram depois de uma redução de custos na empresa", diz.

Ele trabalhou por 23 anos na empresa e saiu há seis, quando se aposentou.

O juiz de primeira instância não havia condenado a Goodyear por considerar que o banho não era obrigatório e o trabalhador não ficava, portanto, à disposição da empresa. Em segunda instância, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) deu parecer semelhante, levando os advogados a recorrer ao TST.

A Goodyear afirma que a decisão não é definitiva e que não comenta processos ainda em andamento.

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