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BNDES corta juro para banco baixar 'spread'

Instituição de fomento reduz, até o fim de 2013, taxas para capital de giro das empresas

VENCESLAU BORLINA FILHO
DO RIO

O BNDES anunciou ontem a redução das taxas de juros para capital de giro destinado a micro, pequenas, médias e grandes empresas.

A medida é mais uma investida do governo para reduzir o "spread" bancário (diferença entre o que o banco paga para captar e cobra para emprestar) e elevar os investimentos.

Para as micro e pequenas empresas, a redução foi de 9,5% para 6% ao ano; para as médias, de 9,5% para 6,5%, enquanto para as grandes foi de 10% para 8%. O programa vai até final de 2013.

No entanto, por causa dos "spreads", o valor do juros poderá chegar a 10,7% ao ano para as empresas, dependendo do porte da empresa e do banco. É sobre esse aumento que o governo quer intervir.

Os empréstimos para capital de giro sairão do BNDES Progeren (Programa de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda), que só é operado de forma indireta, ou seja, pelos bancos comerciais.

A expectativa do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, com a medida é que a concorrência entre os bancos reduza as taxas de juros para abaixo de 10% ao ano. Em dois meses, o BNDES deverá fazer uma avaliação do comportamento dos "spreads".

A Febraban (federação de bancos) não quis se pronunciar sobre o assunto, mas as primeiras quedas deverão vir dos bancos estatais -Banco do Brasil e Caixa Econômica.

Segundo o BNDES, o BB é o agente mais atuante no Progeren. A instituição lidera nas negociações, com destaque às microempresas: 88% do valor das operações saiu pelo banco entre 2008 e abril deste ano.

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