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Joalheria Natan pede recuperação judicial

Tradicional loja carioca fundada em 1956 deve R$ 15 milhões; 85% do faturamento vinha sendo bloqueado por bancos

Rede chegou a ter 11 unidades, número reduzido hoje para 6; em 2011, fechou lojas em Brasília, Recife e SP

FABIO BRISOLLA
DO RIO

A tradicional joalheria carioca Natan entrou com pedido de recuperação judicial em busca de solução para uma dívida de R$ 15 milhões.

A empresa requisitou a liberação das receitas das vendas em cartão de crédito, que vinham sendo retidas pelos bancos como garantia de pagamento de dívidas.

Na sexta-feira, o juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio, concedeu uma liminar determinando que os bancos Itaú e Safra suspendessem a chamada "trava bancária".

Segundo um representante da joalheria, a dívida da Natan está associada a contratos de locação, salários de funcionários e pagamentos de fornecedores.

"Demos entrada no processo de recuperação judicial para possibilitar a restruturação da empresa", disse André Alves de Almeida Chame, advogado da joalheria.

No pedido de recuperação judicial, a joalheria informou que 85% de seu faturamento mensal vinha sendo bloqueado pelos bancos.

"A trava bancária dificultava a gestão da empresa, que precisa definir suas prioridades nesse processo de recuperação", acrescentou o advogado. "A Natan vai pagar a todos credores e, prioritariamente, a seus funcionários."

Inaugurada em 1956, a joalheria chegou a ter uma rede de 11 lojas pelo país. Atualmente, são 6 endereços.

Com o endividamento, acabou obrigada a alienar o prédio onde funciona em Ipanema, no chamado "quadrilátero do luxo" -área onde se concentra o comércio mais sofisticado do bairro.

Desde o ano passado, fechou lojas em Brasília, Recife e São Paulo.

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