Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Commodities

ANP flexibiliza regra para petroleiras

Manutenção de equipamentos realizada no país poderá ser incluída no cálculo do conteúdo local obrigatório

7ª rodada de licitações de blocos de óleo e gás, neste ano, exigirá percentuais de 37% a 65% de conteúdo local

DENISE LUNA
DO RIO

A diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Magda Chambriard, anunciou ontem uma nova regra que poderá ajudar as petroleiras a cumprir a exigência de conteúdo local, imposta pelo governo.

A ANP quer permitir que a manutenção dos equipamentos feita no país seja aceita como pontos na conta final.

A agência tem a tarefa de fiscalizar neste ano as concessões adquiridas na 7ª rodada de licitações de blocos de petróleo e gás natural, a primeira a exigir oficialmente um índice de conteúdo local para as empresas.

"Se ela [empresa] fizer suas manutenções periódicas com substituição de peças no Brasil, esse investimento sem dúvida é investimento no país e poderá ser computado como conteúdo nacional", afirmou. O assunto vai a audiência pública em julho.

Na 7ª rodada, os percentuais de conteúdo nacional exigidos vão de 37% a 55% na fase de exploração para profundidades superiores a cem metros e de 55% a 65% na fase de desenvolvimento.

Para profundidades iguais e inferiores a cem metros, a exigência vai de 51% a 60% na exploração e 63% e 70% no desenvolvimento. Em blocos de terra, o conteúdo local tem que ser de 70% a 80% na exploração e de 75% a 85% no desenvolvimento.

MULTAS

Magda informou ter pedido ao Ministério de Minas e Energia que envie ao Congresso projeto para alterar a defasada Lei das Penalidades, de 1999, aumentando as punições em caso de acidente no setor de petróleo.

Hoje a ANP não pode multar por vazamentos, tarefa do Ibama, e as multas por infrações às suas instruções são de, no máximo, R$ 5 milhões.

A proposta de Magda Chambriard é que o valor máximo das multas suba para R$ 30 milhões e, no caso de morte e vazamento de petróleo relevante, esse valor seja multiplicado por cinco, chegando a R$ 150 milhões.

A Lei das Penalidades é direcionada atualmente ao setor de distribuição e revenda de produtos, disse Magda, que quer a inclusão de exploração e produção e do etanol.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.