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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Seca no hemisfério Norte afeta safra de trigo

Clima seco e temperaturas altas no hemisfério Norte vão trazer prejuízos à próxima safra mundial de trigo.

O Departamento de Agricultura dos EUA (Usda) reduziu ontem sua estimativa de oferta para a safra 2012/13 em 7 milhões de toneladas.

O consumo maior do que o esperado na safra 2011/12, reflexo de maiores exportações, reduziu os estoques iniciais em 1,5 milhão de toneladas.

Já a produção mundial, na nova safra, deve ser 5,5 milhões de toneladas menor do que a esperada inicialmente.

A produção agora é estimada pelo Usda em 672 milhões de toneladas, ante o recorde de 694 milhões em 2011/12.

No relatório de ontem, o Usda aponta problemas climáticos em países exportadores como a principal causa para a menor produção.

A Rússia é um exemplo. A estimativa para a produção de trigo russa caiu 5% em relação à estimativa anterior do Usda, para 53 milhões de toneladas, por causa da seca nesta primavera e indícios de problemas no desenvolvimento dos grãos, devido a danos provocados por congelamentos no inverno passado.

A seca nas regiões de Colorado e Nebraska também provocou o corte de 300 mil toneladas na estimativa para a produção dos EUA, para 60,8 milhões de toneladas.

Já a Europa, líder na produção mundial, deve colher 4% menos na próxima safra em relação à temporada 2011/12, por conta da menor área destinada à cultura.

Muitos agricultores preferiram o milho, que pode substituir o trigo na ração animal. E com a maior oferta de milho, o Usda espera queda de 5 milhões de toneladas no consumo de trigo, sem considerar as exportações.

Os problemas climáticos já vinham influenciando o mercado de trigo, que ontem fechou em queda de 2,3%.

"Essa revisão já havia sido assimilada pelo mercado, que realizou lucros", afirma Michael Prudêncio, analista da Safras & Mercado.

Mesmo após a retração de ontem, em 30 dias o trigo sobe 4%. Nos últimos 20 dias de maio, avançou 10%.

Briga no boi As indústrias de carne bovina não saem derrotadas da disputa sobre a taxação das exportações de boi vivo, diz Antonio Camardelli, presidente da Abiec, que representa o setor. O governo recusou o pedido dos frigoríficos para taxar os embarques.

Nova disputa Camardelli diz que as empresas vão continuar buscando condição de igualdade entre as exportações de carne e de gado em pé.

Lá fora Agora, a indústria quer que o governo busque isenção tributária para a carne nos países que não taxam a entrada de bois brasileiros, como a Turquia.

PRATA

+1,18%

Ontem, em Nova York

CACAU

+2,37%

Ontem, em Nova York

Projeção para estoques de soja tem novo corte

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos voltou a reduzir sua estimativa para os estoques norte-americanos de soja.

O maior consumo de indústrias esmagadoras no país e a demanda firme da China farão com que os EUA comecem a safra 2012/13 com 1 milhão de toneladas a menos.

Em maio, o Usda projetou 5,7 milhões de toneladas de soja em seus estoques. Ontem, estimou 4,7 milhões.

A escassez de soja tem sustentado os preços em patamar elevado. Mas os baixos estoques nos EUA não preocupam no longo prazo.

A analista Flávia Moura, da corretora Newedge, diz que a elevada produção brasileira, estimada pelo Usda em 78 milhões de toneladas, vai compensar a menor oferta inicial na safra 2012/13.

Com TATIANA FREITAS, PAULO MUZZOLON e KARLA DOMINGUES

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