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Venda de loja 100% on-line mais que dobra

Comércio on-line de redes tradicionais que operam com lojas físicas e na internet cresce em ritmo menor, aponta estudo

Em média, a cada compra, consumidor de estabelecimentos que só vendem on-line gastou R$ 196

CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

As vendas dos varejistas que atuam somente na internet cresceram em um ritmo 67% maior do que as das redes de varejo tradicional com lojas físicas e que operam também no comércio on-line no acumulado de janeiro a abril ante igual período do ano passado.

A informação consta de estudo da Braspag, empresa que presta serviços de pagamentos on-line, que será divulgado hoje na E-Show, feira e congresso internacional e-commerce, em São Paulo. Atualmente, o segmento on-line representa 2,3% do varejo total no Brasil. Há dez anos, representava 0,35%.

O levantamento mostra que as vendas das lojas que só comercializam seus produtos pela internet (conhecidas como "pureplayers") aumentaram 127% nos primeiros quatro meses do ano. Já as vendas on-line das redes que operam nos canais físicos e na internet (chamadas de multicanal) cresceram 76%.

"As lojas com vendas somente pela internet atuam em nichos específicos. São geralmente comércios com menos de cinco anos de vida, que se especializaram na venda de roupas, vinhos, artigos esportivos. Estão crescendo em ritmo maior", afirma Gastão Mattos, presidente da Braspag.

O executivo destaca, entretanto, que o maior crescimento de vendas dessas lojas (com atuação exclusiva no comércio on-line) não se reflete no faturamento, porque o gasto médio do multicanal ainda é maior.

Os consumidores que compraram nessas lojas on-line gastaram, em média, em cada compra R$ 196 neste ano -ou 5,8% menos do que nos quatro primeiros meses do ano passado (R$ 208).

No varejo multicanal, o gasto médio aumentou 8% no mesmo período -passou de R$ 380 para R$ 411.

"As lojas multicanais vendem, no on-line, produtos de maior valor. São itens como geladeiras, fogões, computadores", disse Mattos.

EM EXPANSÃO

A Braspag projeta crescimento de 55% das transações que deve processar neste ano em relação a 2011, quando foram feitos 42 milhões de pagamentos, incluindo cartões de crédito, débito e boletos. Em 2010, foram processadas 30 milhões de transações.

A empresa, que pertencia ao empresário Silvio Santos, foi comprada pela Cielo, em maio do ano passado.

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