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Vendas de veículos sobem mais de 18% na 1ª quinzena do mês

Número reflete o impacto do IPI menor no setor, mas é inflado por negócios de maio

GABRIEL BALDOCCHI
DE SÃO PAULO

O avanço de mais de 18% das vendas de veículos na primeira quinzena deste mês indicam recuperação do setor, impulsionado por medidas de estímulo.

O forte ritmo deve arrefecer daqui para a frente. Os dados do início do mês carregam vendas fechadas em maio e contabilizadas apenas em junho.

Na primeira quinzena deste mês, foram vendidas 182.393 unidades, incluindo ônibus e caminhões. O número representa aumentos de 18,54% ante igual período de maio e de 20,72% em relação a junho de 2011. A Fiat manteve a liderança no período, com 21,66% do mercado.

"Os números são bons em relação ao que vinha vindo, mas não são reais. Não conseguimos saber quantos são do mês passado. É uma quantidade grande", afirma o presidente da Fenabrave (associação das concessionárias), Flavio Meneghetti.

Pela média diária, é possível notar o efeito do represamento. Até maio -antes das medidas-, o setor registrava 12,3 mil emplacamentos diários. Ao final do mês passado e no início deste, foram registrados picos de até 20 mil/dia.

Meneghetti prevê avanço superior a 10% no número final deste mês. Embora acredite na redução dos estoques -objetivo principal das medidas- até o fim do vencimento dos estímulos, ele já admite uma previsão menor de crescimento para o ano.

"Não dá para fazer previsões muito animadoras." A hipótese é de algo entre 2% e 2,5%. A revisão oficial do dado -hoje em 3,5%- deve sair no final do mês.

As mudanças no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) foram anunciadas em 21 de maio e valem até o fim de agosto. Os preços dos carros caíram 10%, em média.

A ação do governo seguiu o tombo das vendas em abril, quando o volume foi o menor para o mês desde 2009, e representou uma tentativa de reduzir estoques.

A desaceleração levantou o temor de demissões no setor. No segmento de caminhões, por exemplo, fabricantes anunciaram férias e reduções nas jornadas.

Na primeira quinzena deste mês, o segmento teve alta de 4,95% na comparação com maio, mas ainda continua bem abaixo (28%) ante 2011.

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