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Petrobras revê 2 refinarias anunciadas por Lula no NE

Unidades não saem antes de 2017; Graça Foster diz que novo plano é realista

Após reajuste dos combustíveis considerado abaixo do esperado, ações da estatal despencam

Teresa Maia - 10.abr.12/DP/D.A.Press
Operário trabalha em obras da refinaria Abreu e Lima (PE)
Operário trabalha em obras da refinaria Abreu e Lima (PE)

DO RIO

Das quatro novas refinarias previstas pela Petrobras, apenas a de Pernambuco, a polêmica Abreu e Lima, uma possível parceria com a venezuelana PDVSA, tem data para entrar em operação.

Com três anos de atraso e nove vezes mais cara, a primeira fase da refinaria Abreu e Lima entrará em operação em novembro de 2014, ao custo de US$ 20,1 bilhões (era US$ 2,3 bilhões), segundo o novo plano de negócios da Petrobras para o período 2012-2016.

As outras refinarias, uma no Maranhão (Premium 1) e outra no Ceará (Premium 2), anunciadas pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também entraram no rol de projetos em avaliação.

Pelo plano de negócios da empresa, as duas refinarias, ainda não iniciadas, não ficarão prontas antes de 2017.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, sem referir-se diretamente ao antecessor, José Sergio Gabrielli, afirmou que o plano de negócios atual é mais realista do que os sete anteriores, que nunca atingiram as metas de produção propostas.

"É um plano absolutamente realista, desenvolvido a partir de uma visão pragmática pautada em projetos típicos, reais. Não é possível considerar milagres numa hora em que temos uma demanda tão forte mundialmente e no Brasil", disse Graça Foster.

REAJUSTE E AÇÕES

O reajuste dos combustíveis anunciado na sexta-feira passada ficou abaixo das expectativas do mercado e não será suficiente para financiar o plano da Petrobras.

Na semana passada, a empresa anunciou alta de 7,83% para a gasolina e de 3,94% para o diesel, mas analistas consideram que a defasagem de preços ultrapassava 20%.

Depois das eleições, pode haver espaço para um ajuste complementar, que agora não seria bem recebido, avalia a analista Daniella Maia, da corretora Ativa.

As ações da companhia despencaram ontem, no primeiro pregão após o anúncio do reajuste, e os papéis devem continuar pouco valorizados até 2014, quando a produção poderá aumentar de fato.

As ações ordinárias (com direito a voto) caíram 8,33%, e as preferenciais, 8,95%.

(DENISE LUNA E LUCAS VETTORAZZO)

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