Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Área mundial destinada à plantação de uva recua pelo oitavo ano seguido

A área total destinada à plantação de uva vem diminuindo nos últimos oito anos. Em 2011, recuou para 7,6 milhões de hectares. Já o consumo mundial de vinho está com pequena recuperação, mas ainda é inferior ao do período que antecede a crise financeira de 2008.

Após ter alcançado 25,1 bilhões de litros em 2007, esteve em 24,4 bilhões em 2011, mostra a OIV (Organização Internacional do Vinho). A produção de vinho também caiu nesse período.

Carlos Raimundo Paviani, diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), diz que essa queda ocorre principalmente nos países desenvolvidos.

Ele atribui a redução à mudança de hábito do consumidor, que trocou o tradicional almoço, que incluía vinho, por uma refeição rápida.

As campanhas de restrição ao uso de automóveis após o consumo de bebida alcoólica também tem grande importância nessa redução.

Paviani inclui, ainda, entre os fatores de queda, a produção concentrada de cerveja em grandes grupos, que são mais ágeis e dinâmicos na divulgação do produto.

No caso do vinho, o setor é constituído por pequenas empresas, com alcance regional e menor poder de divulgação. As grandes companhias são poucas no setor.

A produção mundial de vinho recuou para 26,5 bilhões de litros no ano passado, segundo a OIV, volume que vem caindo nos últimos anos. Em 2004, estava próximo de 30 bilhões de litros.

Segundo Paviani, "precisa cair ainda mais, uma vez que há excesso de produção em relação ao consumo".

O principal produtor mundial de vinho é a França, com 4,96 bilhões de litros, seguido pela Itália, com 4,16 bilhões. Espanha (3,40 bilhões), Estados Unidos (1,87 bilhão) e Argentina (1,55 bilhão) completam a lista dos cinco maiores do mundo.

O Brasil produziu 345 milhões de litros no ano passado, segundo a organização.

Aprovação Produtores de soja ligados à Isga (aliança internacional de produtores), da qual participam Brasil, Estados Unidos, Paraguai, Argentina e Uruguai, estão na Europa para obter liberação de novas variedades de produtos geneticamente modificados.

Rigoroso Nos embarques de soja, o mercado europeu é extremamente rigoroso com relação à presença de eventos transgênicos não aprovados. A presença de um produto não aprovado inviabiliza a produção dos eventos de biotecnologia já aprovados.

Rejeição "A Europa realiza testes nas cargas importadas e, se constatada a presença de grãos geneticamente modificados não aprovados por eles, a carga inteira é rejeitada", diz Carlos Fávaro, da Aprosoja.

Inverno europeu A safra brasileira pode segurar os preços do café no curto prazo, mas o inverno europeu deverá permitir novos aumentos, segundo avaliação do Rabobank.

Seca O clima seco no Meio-Oeste norte-americano continua segurando os preços dos produtos agrícolas em patamar elevado. O milho voltou a subir ontem e acumula alta de 12% nos últimos 30 dias. O trigo, também em alta, acumula 7% no período.

Caminho de volta Já o algodão, após ter alcançado US$ 0,88 por libra-peso no dia 19 deste mês, recuou para US$ 0,68 ontem nos negócios em Nova York.

DE OLHO NO PREÇO

COTAÇÕES

Nova York

Açúcar

(cent. de US$)*20,53

Algodão

(cent. de US$)*68,31

Chicago

Soja

(US$ por bushel)14,70

Milho

(US$ por bushel)6,46

  • por libra-peso
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.