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Agência diminui nota que avalia risco de oito bancos brasileiros

Para Moody's, o rating das instituições deve refletir o do país

DE SÃO PAULO

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a avaliação de risco de oito bancos brasileiros e da BM&FBovespa.

Agências de rating, como a Moody's, avaliam a possibilidade de empresas ou instituições não pagarem suas dívidas no prazo fixado.

No caso da Moody's, a melhor classificação é Aaa e a pior é C. Notas acima de Baa3 significam grau de investimento (menor risco); abaixo, especulação (maior risco).

A Moody's avalia o Brasil como Baa2, e a revisão segue uma nova metodologia definida em fevereiro, que busca aproximar mais as notas das instituições financeiras às dos respectivos países, com o argumento de que dificilmente um banco ficaria imune a um calote do governo.

Alguns bancos tinham avaliação até quatro degraus acima da classificação do país.

As instituições afetadas foram Banco do Brasil, Safra, Santander Brasil, HSBC Brasil, Bradesco, Itaú, Itaú-BBA e Votorantim.

Segundo a Moody's, a revisão levou em conta quanto os negócios dessas instituições dependem da conjuntura doméstica e quanto elas poderiam ser afetadas se o governo não pagasse a dívida pública no prazo.

"A fragilidade fiscal dos governos em decorrência da crise evidenciou a necessidade de um realinhamento dos ratings de bancos", disse Ceres Lisboa, vice-presidente da Moody's.

O diretor de política econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, disse que o rebaixamento da classificação dos bancos não indica preocupação com a saúde das instituições financeiras brasileiras.

OUTRO LADO

O presidente do Santander no Brasil, Marcial Portela, disse que a redução na nota dos bancos é um ajuste técnico na metodologia usada pela agência. "É uma mudança técnica, não tem nenhuma importância", afirmou.

A BM&FBovespa afirmou que se trata de um "reenquadramento", conforme anunciado pela agência.

Procurados, Bradesco, BB, HSBC Brasil, Itaú, Itaú BBA e Votorantim não falaram.

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