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Bússola

Posso começar na Bolsa com R$ 300? Ou devo comprar títulos do Tesouro?

F.M., de São Paulo (SP)

RESPOSTA DO CONSULTOR DE FINANÇAS MAURO CALIL, DA CALIL&CALIL - Sim. Você pode começar seus investimentos em Bolsa com apenas R$ 300.

Poderia ser até um valor menor que esse.

Minha recomendação é que você verifique os custos que incidem nesse seu investimento, como a corretagem e a taxa de custódia.

Considere também a possibilidade de iniciar a aplicação usando os fundos de ações, que podem ser mais baratos neste começo da sua jornada.

Outra recomendação é ter consistência e congruência, ou seja, investir com regularidade.

Essa regularidade pode ser caracterizada por investimentos mensais de R$ 300 ou outro valor.

Pode também ser um período diferente, como um semestre, um trimestre ou um ano. desde que você não esqueça de reservar uma parcela dos seus ganhos para "engordar" o seu investimento na Bolsa de Valores.

É muito importante que você mantenha a regularidade de pequenas quantias para que tenha um retorno maior que a média dos rendimentos das aplicações financeiras no Brasil ao final de alguns anos.

Lembre-se que o investimento em Bolsa é classificado como renda variável e apresenta grande volatilidade (oscilação positiva ou negativa de rentabilidade), ao contrário da outra modalidade que você mencionou, o Tesouro Direto.

Essa é classificada como renda fixa e renderá aquilo que for contratado de acordo com o título escolhido.

Portanto, mais uma vez, a disciplina e os aportes regulares serão seus aliados nos investimentos em Bolsa de Valores.

Tenha em mente que a volatilidade já mencionada significa maior risco.

O preço das ações não sofre influência apenas do fundamento das empresas, mas também das condições da economia, o que pode afetar os seus ganhos.

IMÓVEIS

Os preços dos imóveis estão se estabilizando no Brasil? É uma boa hora de comprar ou é melhor esperar?

G.C., de Balneário Camboriú (SC)

RESPOSTA - Caro leitor, acredito que a maior parte da valorização ocorrida nos últimos anos nada mais foi que uma recuperação de patamares perdidos entre os anos de 2002 a 2007.

Ao que tudo indica, a valorização média, que costuma ficar na faixa de 12% a 15% ao ano para a maior parte dos grandes centros, voltou a prevalecer.

No entanto, vale dizer que existirão imóveis em bairros ou cidades onde a valorização será maior e outros onde pode haver desvalorização.

Não há uma regra geral que se aplique a todos os imóveis. Portanto, um bom corretor credenciado no Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) poderá te ajudar a evitar riscos.

FINANCIAMENTO

Tenho um financiamento imobiliário com juros a 9,75%. Faltam ainda 150 parcelas, de um total de 344.

Devo usar minha aplicação em fundo de renda variável, com cerca de 50% do saldo devedor, para quitar essa parte da dívida restante do financiamento?

J.R.S., de Limeira (SP)

RESPOSTA - Caro leitor, na minha opinião, não há melhor aplicação financeira para os endividados do que pagar suas dívidas.

Repare que, como você explicou no seu exemplo, já há um custo de 9,75% de juros que pesam contra o seu bolso.

Além disso, você tem cerca de R$ 25 mil na renda variável, que é incerta, ou seja, a rentabilidade pode ser positiva ou negativa.

Portanto, ao quitar sua dívida pela metade, você estará mais próximo de voltar a dormir sem o peso da dívida. Pense se esta não é uma opção para se considerar.

EU INVISTO EM

Marcelo Tas, jornalista e apresentador

"Gostaria de investir em empresas brasileiras pela Bolsa. Mas sinto o terreno ainda incerto e com regras pouco claras. Enquanto isso, invisto em viagens, na educação e no conforto da família"

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